Durante a campanha que culminou com o rebaixamento do Vasco ano passado, o time deu as costas para São Januário. Depois de quatro derrotas no estádio em cinco partidas, a última delas uma goleada de 4 a 1 a favor do Palmeiras, a diretoria decidiu levar os jogos da equipe para o Maracanã. O objetivo era tirar os jogadores do caldeirão às avessas. Nesta terça-feira, na derrota para o Paraná, pela Série B, o fator casa voltou a jogar contra.
Os poucos mais 3 mil torcedores apoiaram o time, mas não todos os jogadores. Julio dos Santos, Aislan e Mádson foram perseguidos pelas vaias da arquibancada. O paraguaio, em um determinado lance com o jogo em andamento, pisou na bola e se virou para olhar para a torcida. Pouco depois, o técnico Jorginho o escolheu para ser substituído. A corrida para o vestiário foi debaixo de muitos xingamentos.
Aislan também foi metralhado. Recebeu vaias quando pegou na bola e muito mais depois que cometeu erro com William no lance do segundo gol do Paraná. Assim que a arbitragem apontou o fim do jogo, os palavrões foram todos direcionados a ele.
Um dos mais experientes do elenco, inclusive quando o assunto é cobrança de torcida, o volante Diguinho, que chegou a ser agredido nos tempos de Fluminense, resumiu o sentimento dos jogadores em relação aos jogos em São Januário:
- Aquele que não estiver suportando a pressão não pode jogar no Vasco da Gama. A cobrança é justa. Mas durante o jogo pedimos um pouco mais de paciência para que possamos fazer nosso trabalho.
Fonte: Extra Online