A carreira dele começou em São Januário, pegou o melhor momento da história do Vasco no basquete, por onde passou foi campeão e aos 41 anos de idade, Ricardinho retornou ao Cruzmaltino para recolocá-lo de volta à elite do esporte. Parece enredo de filme, mas é uma história real: depois de vencer quase tudo pelo clube, ganhar respeito dos outros três rivais do rio que jogou, ele teve a missão de levantar aquela instituição que deu a primeira oportunidade no profissional lá atrás.
Mais emocionante ainda com a possibilidade de levantar a taça da Liga Ouro junto com o filho Leonardo, que também atua em São Januário. Com exclusividade para o Canal Vasco, Ricardinho falou sobre esse assunto e diversos outros como a relevância de sua experiência para o grupo, recordou dos tempos áureos do Gigante da Colina, futuro do time no basquete e deu até pitaco sobre a final da NBA, que acontece neste domingo.
Mas um dos pontos que mais chamaram atenção é o carinho que nutre pelo Vasco. Amor esse, que ultrapassa os limites do trabalho, pois gosta de marcar presença até nos jogos de futebol.
Bate Bola
Canal Vasco: Qual a dimensão de recolocar o Cruzmaltino na elite?
Ricardinho: É muito gratificante botar o Vasco onde ele nunca deveria ter saído. A história do clube é linda, tem torcedor em todo lugar do Brasil. O nosso ginásio esteve sempre lotado e a repercussão que deu foi a prova dessa grandeza do clube, o basquete precisa do Vasco.
CV: Qual a importância de ter um cara experiente como você dentro do grupo?
R: Como um dos mais antigos, gosto de estar sempre falando com os mais jovens, levantando a moral para eles crescerem, ajudar a não se desesperarem em momentos de dificuldade. É uma obrigação, isso faz parte de um processo, antes eu era orientado, agora preciso ser o orientador.
CV: Como é jogar ao lado do seu filho? Cobra mais?
R: É um sonho para mim ser campeão ao lado dele e por estar tão perto acabo exigindo ainda mais. Ele desde pequeno tem a noção da dedicação necessária para se tornar um atleta profissional, pois sempre viu eu trabalhando ao máximo, não digo apenas do treino, mas corrida, academia, pular corda. Conseguiu pegar a minha melhor fase no Vasco e por isso tem a noção do peso que é vestir essa camisa.
CV: Consegue fazer um paralelo do atual time com aquele que venceu tudo nos anos 90?
R: Falar de questão técnica seria irresponsabilidade da minha parte, até porque aquele foi o melhor time da história do Vasco, na minha opinião. Mas eu diria a união, este time de agora é muito fechado como aquele vencedor. A gente chegava junto dentro de quadra, se ajudava, brigava, se fechava tanto que era praticamente imbatível.
CV: Acredita que o Vasco está na direção para um dia voltar aos grandes momentos?
R: Conheço nosso presidente há muito tempo e sei que ele não entra em campeonato apenas para disputar não, se ele está voltando com o basquete é para ser protagonista. Isso não é soberba não, mas respeitando sempre o adversário, acredito que vamos brigar no topo.
CV: Como enxerga o Vasco na próxima NBB?
R: O caminho está certo, renovou com uma base e formamos uma espinha dorsal. Além disso, contratou excelentes nomes como o Nezinho que tem carimbo de campeão, Fiorotto eu já joguei junto, é um grande jogador e Wagner atuamos pelo Vasco, vai agregar muito, além de ser um cara de grupo,
CV: Quem leva a final da NBA - Golden State Warriors ou Cleveland Cavaliers?
R: apesar do momento emocional positivo para o Cleveland, eu ainda acredito que o Golden vai conseguir vencer, até por estar em casa, diante do torcedor.
Fonte: Canal Vasco