Habilidoso quando criança, Nenê era tido como fominha e 'invocado'

Terça-feira, 14/06/2016 - 11:34
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Habilidoso, fominha e invocado. Os adjetivos que definem o principal jogador do time que estabeleceu a maior invencibilidade da história do Vasco em jogos oficiais são os mesmos que acompanhavam o menino que fazia fila pelas quadras do interior paulista ao som do grito: "Toca a bola, Nenê!". O individualismo que parou até treinamento na infância se transformou em generosidade dividida em 12 assistências ao longo da temporada, número que ajuda a explicar a importância do retorno do camisa 10 ao Cruz-Maltino, nesta terça-feira, diante do Náutico, às 19h15 (de Brasília), em casa, pela nona rodada da Série B. A idolatria em São Januário é um dos pontos altos de uma trajetória que teve início no salão, sucesso na Europa e passagem pelo Oriente Médio, mas sempre voltou ao ponto de partida: Jundiaí.

De passaporte espanhol, brilho na França e reverências no Rio de Janeiro, Nenê é daqueles que não consegue se afastar das raízes. Basta uma folga para ele se mandar para Jundiaí. E foi lá, na chácara luxuosa construída afastada do centro da cidade, que o meia-atacante acompanhou a derrota do Vasco para o Atlético-GO, sábado, a primeira no ano. O local é o mesmo onde reúne amigos e familiares para momentos de lazer, e onde estes mesmos amigos receberam a reportagem do GloboEsporte.com para contar um pouco mais da história do garoto de personalidade forte que superou a desconfiança para realizar o sonho de ser jogador de futebol. Personalidade que rendeu ainda o apelido que virou "nome", como conta Dona Marisa, a mãe:

- Desde pequeno, a gente já chamava de Nenê em casa. Na época que foi entrar na escolinha, pensamos em parar para não pegar o apelido, né? Mas pegou. Ele sempre foi chorão, resmungão, não gosta de perder. Agora, eu só chamo de Anderson, não consigo mais chamar de Nenê em casa (...) Quando ele começou, diziam que não ia dar em nada, que era fogo de palha. Depois, ele foi para Espanha e disse que a primeira coisa que ia fazer seria me dar uma casa. Em quatro meses, mandou eu começar a procurar um lugar para morar. Quando achei, ele disse: "É seu!".



Fonte: GloboEsporte.com