O balanço patrimonial de 2015, divulgado pelo Vasco no fim do mês passado, revela parte do ônus da montagem da equipe que quase livrou o time do rebaixamento no Brasileiro e conquistou o Estadual deste ano. Pilares da reação cruz-maltina sob o comando de Jorginho, Andrezinho e Nenê já aparecem como credores de aproximadamente R$ 2,3 milhões.
O montante se refere ao valor da dívida em 31 de dezembro de 2015, data limite do balanço. Procurada, a diretoria não foi encontrada para dizer se houve aumento ou redução do passivo desde então.
Andrezinho e Nenê têm alguns dos maiores salários do elenco. O mesmo cabe ao atacante Jorge Henrique. O camisa 11 também consta como credor do clube em dezembro: R$ 1 milhão, de acordo com o documento.
A maior dívida é com a ALC Participações LTDA, empresa de Nenê. Contratado em agosto de 2015, o apoiador tinha crédito de R$ 1,2 milhão no fim do ano passado, com o passivo tendo sido construído em quatro meses.
Normalmente, os jogadores criam cadastros de pessoas jurídicas para o recebimento de direitos de imagem e outros valores que não entram no contrato de carteira assinada. Andrezinho, que chegou em junho do ano passado, tinha a receber em dezembro, por meio da empresa, cerca de R$ 1 milhão, segundo o balanço.
Pendência milionária com Valdir Bigode
O documento também revela crédito, em dezembro, de R$ 1,5 milhão da empresa Valdir Morais Consultoria Esportiva, no nome do auxiliar técnico Valdir Bigode, membro da comissão técnica fixa do Vasco desde dezembro de 2014, quando Eurico Miranda foi reeleito presidente do clube.
Em 2011, o ex-atacante cobrava do Vasco R$ 900 mil, referente a direitos de imagem atrasados dos tempos de jogador. Nos balanços anteriores ao de 2015, nenhuma dívida com Valdir foi registrada.
Representante do goleiro Martín Silva e do meia Julio dos Santos, Regis Marques tinha R$ 513 mil a receber no fechamento do balanço. Paulo Angioni, diretor de futebol demitido pela diretoria em dezembro passado, possuía crédito de R$ 591 mil.
Fonte: Extra Online