Se for campeão no domingo, Júlio César ficará com a alma lavada. O título estadual não poderia sair contra adversário melhor. Afinal, o lateral-esquerdo viveu no Botafogo os piores dias de sua carreira. Teve no Vasco a chance de retomar o rumo no futebol. E poder ratificá-la justamente diante do Alvinegro será um capricho do destino.
Até porque a lembrança do que passou em General Severiano, em outubro de 2014, está viva na memória. Ao lado de Sheik, Edílson e Bolívar, foi sumariamente demitido pelo presidente Maurício Assumpção. Recebeu sobre os ombros a culpa pela péssima campanha que levaria o Botafogo ao segundo rebaixamento para a Série B.
- Demos um passo muito importante, mas não ganhamos nada ainda. Temos consciência disso - afirmou o lateral, depois da vitória sobre o Botafogo na primeira partida: - Queremos conquistar esse título para coroar o excelente trabalho desenvolvido até aqui.
Depois da crucificação alvinegra, foram exatos 234 dias afastado de partidas oficiais, exilado do que mais gosta de fazer. Chegou a São Januário em meio à desesperada luta para escapar da Segunda Divisão. Não conseguiu evitar a queda, mas terminou o ano, assim como o restante do time, em alta com a diretoria.
Aos 33 anos, o camisa 6 teve o bom desempenho reconhecido com a renovação do contrato. Antes mesmo de o documento expirar, clube e jogador assinaram um novo compromisso, com duração até dezembro de 2017, quando terá 35 anos.
Vascaíno na infância e filho do ex-jogador César (também torcedor do time de São Januário), Júlio César precisou passar por 11 clubes até desembarcar onde se sente em casa. O que falta é o título:
- Não ganhamos nada, mas vamos muito fortes para o segundo jogo.
Fonte: Extra Online