Depois de um período de estagnação, as receitas dos clubes de futebol voltaram a se destacar.
O faturamento dos 20 maiores times brasileiros cresceu 23,75% em 2015 em comparação ao ano anterior, alcançando 3,7 bilhões de reais, segundo estudo anual de Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva.
O principal fator para o desempenho melhor dos times foi o aumento das receitas com transferências de atletas, que passaram de 406 milhões de reais para 638 milhões de reais.
Depois, vêm os ganhos com os direitos de TV, que cresceram 28% e superaram 1,39 bilhão de reais. Os patrocínios atingiram 489 milhões de reais, alta de 7%, e a bilheteria chegou a 339 milhões de reais, 14% a mais que no ano anterior.
Ao mesmo tempo em que as receitas subiram, os custos dos times com futebol também foram 11% mais altos em 2015 que no período anterior. Mesmo assim, os balanços estão mais saudáveis, com uma relação melhor entre as receitas e custos.
Alívio nas dívidas
A pesquisa revela que a situação atual do endividamento dos times não é sustentável a longo prazo.
Em 2015, os clubes foram beneficiados pelo Profut, lei que ajuda os times a pagarem suas dívidas. Com o incentivo, os 20 clubes receberam 685 milhões de reais de descontos, que se converteram em receitas financeiras.
Esse incentivo, ao lado do aumento das receitas, levou à melhora do superávit dos negócios. Segundo a pesquisa, os times passaram de déficits de mais de 626 milhões de reais em 2014 para superávits de 147 milhões de reais em 2015.
O alívio também foi percebido na melhora da relação entre a dívida e a receita.
No entanto, os clubes continuam contraindo pesados empréstimos para financiar sua atividade, já que as receitas não são suficientes para bancar os custos cada vez mais elevados.
Assim, pagam juros bancários gigantescos, afirma a pesquisa. Este é um dos motivos para a grave situação financeira do mercado brasileiro de futebol, diz o consultor.
Confira nas imagens o balanço dos 20 maiores clubes de futebol do Brasil em 2015.
Fonte: Revista Exame