Já não é segredo para ninguém que o Cruzeiro tem o técnico Jorginho como principal alvo para substituir Deivid, demitido no último domingo. E para avaliar uma eventual chegada do treinador, hoje no Vasco, nada melhor que o atacante Rafael Silva.
Isto, porque o camisa 30 cruzeirense foi comandado por Jorginho durante o Campeonato Brasileiro do ano passado, quando ainda defendia o clube carioca. Para Rafael Silva, o treinador tem um estilo diferente dos atuais profissionais do futebol brasileiro, que lembra bastante a forma como os técnicos da Europa trabalham.
"Não tenho preferência por treinador, procuro fazer o meu trabalho. Se o Jorginho vier vai ajudar e somar muito no nosso trabalho. O trabalho dele é estilo europeu, acho importante. O Brasil precisa disso, a gente tem de somar mais, abrir a cabeça para este aspecto. Se ele vier, será muito bem recebido e aceito pelo grupo", analisou.
No Vasco, com Jorginho no comando, Rafael Silva atuou em 14 dos 19 jogos que o técnico esteve à frente da equipe cruzmaltina no Brasileirão de 2015. O atacante alternou bastante entre a titularidade e a reserva, começando seis partidas e saindo do banco em outras oito oportunidades.
De acordo com Rafael Silva, a valorização do elenco é uma das características principais de Jorginho, que procura dar oportunidades a todos os jogadores que tem à disposição.
"O futebol está em evolução atualmente e os treinadores têm pensando de maneira diferente. Jorginho é destes treinadores. Ele pensa na união do grupo, dá valor a todos. Ele dá muita moral para quem não vem jogando, talvez até mais do que para quem joga. O caráter é indiscutível. Se tiver que vir será bem recebido pelo grupo", destacou o atacante.
Sem cadeira cativa
Artilheiro cruzeirense na temporada, com seis gols, Rafael Silva não se vê garantido entre os titulares, independentemente de qual treinador assumir a equipe. O atacante, que vem fazendo uma boa disputa com Willian por uma vaga no time, entende que não existe espaço para acomodação, principalmente após a eliminação precoce nas semifinais do Campeonato Mineiro.
"Não é porque hoje sou artilheiro da equipe que tenho cadeira cativa. Precisamos nos dedicar, porque não conseguimos o nosso objetivo, que era ser campeão mineiro. Estamos decepcionados e vamos brigar pelo título do Brasileiro e da Copa do Brasil", salientou.
"Em relação a ser titular ou não, o Deivid não deixou cadeira cativa para ninguém e acho que o técnico que chegar também vai agir assim. Então, temos que trabalhar. Não podemos nos acomodar e quem se acomodar, vamos puxar a orelha, porque queremos ser campeões. É um cobrar do outro para podermos alcançar nossos objetivos", completou.
Fonte: ESPN.com.br