Na esteira da polêmica que envolveu os torcedores mirins do Flamengo, o Vasco reafirmou um lema há muito estampado em um dos muros de São Januário. Criada na gestão do ex-presidente Cyro Aranha, a frase “Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal” voltou à tona no clube.
Na arquibancada de uma das quadras da sede social do clube, pais acompanhavam um treino de seus projetos de craques e, um dia depois da vaga vascaína na decisão, a indiferença rubro-negra era tema de conversas. Diferenças à parte, a falta de cuidado com corações infantis do adversário não foi bem vista.
— Meu filho perguntou o que tinha acontecido. Ele parou e ficou pensando em frente à televisão. Não dá para avaliar o que se passou na cabeça dele, mas sei que ele ficou sentido — disse Audileia Lopes, mãe de Guilherme, de 5 anos, do futsal vascaíno.
Nas redes sociais, o clube não perdeu a oportunidade de alfinetar. Postou foto dos jogadores com pequenos vascaínos e, na legenda, deixou a provocação: “Jamais deixaremos para trás o nosso principal patrimônio. Estaremos sempre ao lado de nossos torcedores”.
Na década de 40, preocupado em cultivar um ambiente mais familiar no Vasco, Aranha criou o departamento infanto-juvenil de futebol. A frase imortalizada pela história nasceu a partir de um concurso feito para escolher uma frase que sintetizasse o compromisso do clube com os vascaínos de amanhã.
— Meu pai sempre se preocupou com que as gerações futuras dessem sequência ao que é o Vasco — lembrou Oswaldo Aranha, filho do antigo dirigente, em entrevista ao “Jogo Extra”, em 2015.
Que o legado de Aranha seja imortal no Vasco e em todos os clubes.
Fonte: Extra Online