Dois anos após ter sido algoz na eliminação do Vasco da Copa do Brasil, o lateral Madson, ex-ABC, se firma em São Januário e busca voos mais altos. Aos 24 anos, o baiano quer chamar a atenção de Dunga.
Quem é seu ídolo na lateral direita?
Fui adaptado à lateral direita no meu último ano de juniores, em 2011. Quem estava no auge era o Daniel Alves. Procurei me inspirar nele, até por ele ter sido revelado no Bahia. Também me inspirei no Cafu, e hoje tenho um mestre, o Jorginho, um dos melhores laterais da história, que está ajudando muito na minha evolução.
Falta renovação na seleção brasileira?
A renovação tem que existir sempre. Daniel e Cafu tiveram seus méritos, mas creio que o Dunga já está procurando... Estou trabalhando para um dia chegar à seleção.
Há dois anos, você fez um dos gols da vitória (2 a 1) do ABC, na eliminação do Vasco da Copa do Brasil. O que mudou de lá até hoje?
Aquele gol mudou minha carreira. Aquela temporada de 2014 que fiz no ABC me ajudou a estar no Vasco. Quando recebi o convite para vir jogar aqui, não pensei duas vezes. Depois daquele gol, tudo melhorou.
É verdade que, na compra de um imóvel, você deu um calção ao proprietário, em vez de um cheque caução?
Na verdade, eu ia alugar um apartamento. Eu morava no alojamento da base, mas, como estava no profissional, teria de sair. Havia dois jogadores na mesma situação. Então, nós três nos juntamos e decidimos alugar uma casa. O salário na época não era muito grande. Só que os meninos não puderam ir comigo fazer o contrato. Tive que ir sozinho. O corretor me perguntou: “E aí, fiador ou caução?” Aí, como eu não sabia o que era fiador, falei: “Calção”. Pensava que era um short do clube, do Bahia. Peguei um calção com o ropeiro pra entregar ao rapaz. O corretor ficou bravo e me xingou. Paguei esse mico (risos).
Quem é o melhor lateral-direito em atividade no Brasil?
É o Fagner, que foi feliz no Vasco e hoje faz excelente trabalho no Corinthians. Do Rio de Janeiro, os quatro grandes do Rio estão bem servidos de laterais: Rodinei, no Flamengo; Wellington e Jonathan, no Fluminense; Luís Ricardo, no Botafogo... São excelentes. Procuro sempre estar evoluindo e ser o melhor, mas não sei te dizer. Creio que os grandes estão bem servidos.
Por que o Vasco não perde mais para o Flamengo?
Creio que por ser um clássico, e contra nosso maior rival, tudo o que envolve esse jogo é diferente. A concentração, a motivação... Clássico é decidido nos detalhes. Estamos sendo felizes, mas sabemos da dificuldade que iremos encontrar. Que seja um grande jogo e que o Vasco possa ser vencedor mais uma vez.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online