Comparado a Romário por causa da semelhança física e do jeito de andar, Jorge Henrique conseguiu seu lugar ao sol no futebol e em São Januário por ser muito mais do que um atacante. Mil e uma utilidades do Vasco, daqueles que atuam até na zaga se for preciso, o jogador tem mil e uma utilidades, inclusive a de ser decisivo contra o Flamengo.
O adversário de domingo, na semifinal do Campeonato Estadual, foi derrotado por 1 a 0 em agosto do ano passado. Jorge fez o gol da vitória vascaína e garantiu os três pontos para o xará treinador, então estreante.
O gol foi marcante não apenas pela circunstância e o adversário. Depois disso, Jorge Henrique balançou a rede apenas mais uma vez pelo Vasco, contra o Bangu. A escassez faz com que seja cobrado frequentemente pelos torcedores. Mas a função tática desempenhada, com deveres de marcação e ocupação de espaços defensivos, é para poucos. Contra o Fluminense, terminou como zagueiro, depois que Rodrigo teve de ser substituído para a entrada de Diguinho.
- Fechei o jogo como zagueiro. O importante é ajudar. Temos jogadores acima dos 30 correndo feito garotos. Às vezes não faço gol, mas ajudo - destacou, após o clássico em Manaus.
Jorginho já até experimentou o time sem ele. Eder Luis, Riascos e Caio Monteiro atuaram como atacantes de lado, quando Jorge Henrique esteve fora. Nenhum deles conseguiu barrá-lo. Se voltar a marcar um gol contra o Flamengo e o Vasco chegar à final, Jorge Henrique ganhará crédito para mais um ano sem balançar as redes.
Fonte: Extra Online