Rodrigo: 'Eu encontrei no Vasco o meu estilo, de raça, de lutar até o final'

Terça-feira, 19/04/2016 - 08:41
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Após duas controvérsias com os atacantes Fred e Guerrero, o zagueiro Rodrigo, do Vasco, diz que tem apenas um estilo "forte" de atuar. O defensor afirmou que leva poucos cartões amarelos e vermelhos na carreira e, por isso, não pode ser considerado um jogador desleal. O capitão da equipe cruz-maltina afirmou que, em São Januário, encontrou o lugar certo para impor seu estilo.

- O meu estilo de jogo é forte, mas não é desleal. Eu vejo dessa forma. Eu não sou expulso, é muito difícil, não levo amarelo. No ano passado, eu joguei todos os jogos. Tem gente que não gosta. Eu joguei no São Paulo, que é um estilo de jogo de toque. É totalmente diferente. Eu encontrei no Vasco o meu estilo, de raça, de lutar até o final. Não paro de lutar dentro de campo - disse o jogador.

Depois de vencer o Fluminense, neste domingo, o Vasco conquistou a Taça Guanara e terá o Flamengo pela frente, na semifinal do Campeonato Carioca. São oito jogos sem perder para o maior rival. Neste ano, o Gigante da Colina encarou o Rubro-Negro duas vezes: venceu por 1 a 0 em São Januário e empatou por 1 a 1 em Brasília. Para Rodrigo, a boa sequência não é motivo para desrespeitar o adversário.

- O Jorginho deu uma segurada na galera, deu uma cortada. Tem gente que fala um pouco demais, e ele fala para não ir em coletiva. A gente respeita muito, independente das brincadeiras dos torcedores. Para quem está ali, o respeito está em primeiro lugar, independente do nosso rival. A gente entra e tem o objetivo de ganhar. A gente tem que impor o nosso treinamento, o que a gente fez durante a semana. A gente entra em campo e tenta fazer.

Rodrigo ainda contou que, após o rebaixamento do Vasco para a Série B, teve uma conversa com a grande estrela da equipe, o atacante Nenê. O capitão pediu que o camisa 10 não trocasse o clube de São Januário por outro brasileiro.

- Eu acho que a maioria dos jogadores já estava com contrato. Só o Nenê que tinha isso. O único cara com quem eu conversei no final de ano foi o Nenê. Falei: "Não sei como foi sua passagem por outros clubes. Mas, pelo jeito que o Vasco que te acolheu, eu não sairia. Lógico, se tiver outra coisa melhor, para fora do país. Mas, no Brasil, eu não sairia. Às vezes, você tem uma proposta maior, mas você vai chegar lá e não vai ser feliz". Ele se adaptou muito rápido e também a torcida abraçou de uma maneira que ele pode não encontrar em outro clube.

Ainda sem perder em 2016, o Vasco soma 21 partidas de invencibilidade no total. Na sua opinião, o grande segredo da equipe é o jogo coletivo, sem vaidades. Além disso, ressalta o grande respeito que os jogadores têm pelo técnico Jorginho e pelo auxiliar Zinho.

- Ali dentro não tem vaidade. Isso é uma coisa bacana no nosso time. A gente sempre fala: "Eu prefiro que alguém do meu time apareça que um adversário". É uma coisa que a gente carrega muito lá. O Jorginho e o Zinho são muito importantes. Às vezes, tem um auxiliar que nunca jogou. O jogador olha e pensa: "Esse cara quer falar o quê para mim?" É diferente. Você olha para o Zinho e tem o mesmo respeito que tem pelo Jorginho. É o mesmo peso. Isso é uma coisa bacana.

Fonte: Sportv.com