Guerrero já deixava a sala de julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) depois de ouvir a sentença que o livrava de desfalcar o Flamengo por uma agressão ao zagueiro Rodrigo, do Vasco, quando a presidente da 2ª Comissão Disciplinar, Renata Mansur, interrompeu a sessão para que auditores tirassem fotos com o ídolo.
Sem graça, o atacante posou com todos os fãs, incluindo árbitros. E ouviu elogios do presidente do TJD, José Teixeira, que pediu a foto ainda antes do fim da sessão.
“Ainda mais do lado de um ídolo”, disse Fernandes a Guerrero.
O rubro-negro foi apenas advertido. No entendimento dos auditores, a provocação de Rodrigo desencadeou a reação de Guerrero, que deu uma braçada no adversário.
— O jogador Rodrigo tenta de forma reiterada provocar o Guerrero. O futebol não pode ser analisado isoladamente. O revide não foi extrapolado, apenas nos limites do que ele recebeu — declarou Renata Mansur na decisão.
Por maioria, a atitude do atacante foi enquadrada no artigo 180 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com atenuantes em caso de o réu ser primário. Antes de empunharem seus celulares para as fotos com o ídolo, quase todos os auditores — alguns declarados flamenguistas — garantiram que o tribunal é isento.
Guerrero, que não quis dar entrevista depois da absolvição, defendeu-se durante o julgamento alegando que só reagiu, sem a intenção de agredir.
O Flamengo pode recorrer até mesmo da advertência, pois entendeu que a denúncia foi errada, uma vez que não levou em conta o depoimento do árbitro, Wagner Nascimento Magalhães, e do quarto árbitro, Lenilton Rodriguez. A dupla disse ter visto o lance da agressão a Rodrigo, e que o cartão amarelo foi aplicado pela ação temerária de Guerrero, mas sem força excessiva.
Fonte: Extra Online