VP de marketing Marco Antônio Monteiro fala sobre o Sócio Torcedor Gigante

Às vésperas do primeiro jogo com o programa de sócio-torcedor em vigência, a diretoria do Vasco tem metas traçadas de curto, médio e longo prazo com os recursos captados. Isso desde a fidelidade do torcedor que marca presença em São Januário, passando pela substituição de uma eventual ausência de patrocinador, e chegando até o possível fortalecimento do elenco do futebol. O primeiro jogo dessa nova fase será no sábado (9), contra o Madureira, pela sexta rodada da Taça Guanabara.

Sobre a parte referente aos benefícios aos torcedores, o vice de marketing do clube, Marco Antônio Monteiro, falou sobe o projeto, em entrevista exclusiva ao FutRio.net, também reproduzida ao longo da programação da Rádio Transamérica, O dirigente alegou que o programa do Vasco tem como referência o de outro time grande do Brasil, e citou os motivos da escolha.

- Tivemos uma visão muito boa do plano do Palmeiras, tanto que fechamos o acordo de bilheteria do sócio-torcedor com a mesma empresa que faz a do Palmeiras. Facilita muito ter uma empresa fazendo a bilheteria e fazendo o sócio-torcedor, porque os problemas de sistema são resolvidos na hora. A rede de vantagens do sócio-torcedor também é muito interessante. Há uma rede própria, sócio-torcedor do Vasco, em que ele (torcedor) tem uma série de descontos em empresas do Brasil inteiro. Então, isso atende ao torcedor do Vasco que é de fora do Rio de Janeiro, e que vem pouco a São Januário. Desenvolvemos o plano do Vasco, adequando ao Vasco, mas muito baseado no plano do Palmeiras - ressaltou o vice de marketing do Vasco.

Atualmente, o Vasco está sem patrocinadores para o futebol. O acerto com a Caixa Econômica Federal para a renovação do patrocínio máster tende a ser assinado até o fim desta semana e vai render aos cofres cruzmaltinos uma quantia anual de R$ 9 milhões, valor menor que os R$ 15 milhões pagos em 2015, mas superior aos R$ 7,5 milhões ofertados pelo banco. Marco Antônio Monteiro também citou o programa de sócio-torcedor como um eventual substituto de algum patrocinador que deixe de apoiar o clube.

- Nesta quinta-feira estamos encaminhando muito bem a renovação com a Caixa. Temos um processo perto de ser finalizado, restando detalhes. Mas sem dúvidas, o sócio-torcedor, tendo como base a experiência em outros clubes, depois de implantado e um processo que demora mais ou menos entre seis meses em um ano, é como se nós conquistássemos um novo patrocinador. Pode ser um patrocinador médio ou até um principal. No caso do Palmeiras, o rendimento que existe no sócio-torcedor é de um patrocinador principal de algum outro clube brasileiro. É um plano de extremo sucesso - disse o dirigente, em nova referência ao programa do Palmeiras.

Captar recursos para reforçar o elenco também não é uma opção descartada pelo Vasco. Desde 2015, o clube vem adotando uma política de ter em seu elenco jogadores emprestados - caso de Riascos - ou a contratação de jogadores que cheguem sem vínculo e, consequentemente, o valor de multa rescisória - casos de Julio César, Andrezinho e Nenê e outros do elenco. A medida não será imediata e vai precisar passar uma série de etapas até ser concretizada.

- Acho que o sócio-torcedor, neste período, vai permitir que a gente passe desse padrão que a gente tem hoje, de um clube que funciona, paga seus salários e que consegue manter esse padrão, para um padrão mais alto. Temos um período de administração para estabilizar financeiramente e dar um pulo para alavancar mais o sócio-torcedor, captar receitas e ser um pouco mais ousado, alcançando o futebol, que é a razão de ser (sócio) do torcedor - concluiu Marco Antônio Monteiro, vice de marketing do Vasco.

Fonte: FutRio