No futebol, resultados mascaram desempenhos. Nenê, por exemplo, segue invicto com o Vasco e voltou a marcar no empate diante do Volta Redonda, mas seus números nas últimas quatro rodadas mostram que o nível caiu. O time, dependente de seu principal jogador, foi junto.
O desafio do técnico Jorginho agora é encontrar uma maneira de recolocar o craque nos trilhos. Entender o motivo de sua média de finalizações por partida ter caído de 4,75 para apenas uma, e descobrir como recuperá-lo. Aos 34 anos, o apoiador é quase onipresente. Perdeu apenas um jogo dos 13 que o Vasco disputou este ano e, dos 1.080 minutos possíveis, só não esteve em campo em cinco.
O ritmo causa desgaste e dificulta sua chegada na área para arriscar os chutes. Além disso, como Thalles atua mais fixo na frente, faz com que o camisa 10 fique mais longe do gol.
Entre finalizações, passes, cruzamentos, lançamentos e assistências para finalizações, o único quesito em que Nenê evoluiu nas últimas quatro rodadas - contra Boavista, Botafogo, Flamengo e Volta Redonda - foi no número de passes por partida.
Além disso, destaque do Vasco desde o ano passado, Nenê tem o estilo de jogo cada vez mais estudado pelos adversários. O goleiro Mota, do Volta Redonda, mostrou conhecer a técnica utilizada pelo meia para cobrar pênaltis. Tanto é que conseguiu a defesa no domingo.
Referência do time, o jogador deve determinar até onde o Vasco vai não apenas no Estadual, mas também na Copa do Brasil e na Série B. É preciso que ele sacuda a poeira e dê a volta por cima.
Fonte: Extra Online