Vasco de Jorginho disputou 35 partidas: venceu 17, empatou 12 e perdeu 6

Domingo, 03/04/2016 - 13:39
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É engraçada a tentativa de se decifrar as razões para o relativo sucesso do Vasco montado por Jorginho que ao longo de 35 jogos oficiais venceu venceu 48,53%, empatou 34,28% e perdeu apenas 17,14%.

Para ser mais exato, de 35 partidas disputadas venceu 17, empatou doze e perdeu seis. Está invicto há cinco meses e tranformou uma formação composta por oito jogadores com idade acima de 32 anos num time equilibrado e consistente.

Não enche os olhos em plasticidade, mas impressiona pela eficiência.

E É ENGRAÇADO porque a formação profissional do técnico vascaíno, um ex-lateral de estilo polivalente, que jogou pelos dois lados também como zagueiro e volante, não tem um estilo de jogo pré-definido por influências de outros treinadores.

O Vasco de Jorginho foi moldado a partir da característica dos jogadores que ele recebeu para trabalhar e as quatro derrotas consecutivas em seus primeiros jogos podem ser creditadas ao tempo de elaboração e maturação do trabalho.

HOJE, Jorginho tem um time "escolado", consciente de suas deficiências e virtudes, focado no equilíbrio. Está longe de ser encantador, mas assusta pela regularidade.

Neste Estadual, por exemplo, venceu nove jogos, empatou três, marcou 23 gols e sofreu sete.

No Brasileiro de 2015, apesar do rebaixamento, venceu sete, empatou sete e perdeu cinco _ quatro das quais, como relatado anteriormente, nos quatro primeiros jogos.

E na Copa do Brasil do ano passado, venceu um, empatou dois e perdeu um jogo, nos quatro que fez sob comando de Jorginho.

INDEPENDENTEMENTE da qualidade dos adversários, baixissíma, como se sabe, o time ataca no 4-4-2 e se defende no 4-4-1-1, com Jorge Henrique preenchendo a linha de quatro no lugar de Nenê, que acompanha o volante adversário e se posiciona como ponto de partida para o contra-ataque.

E aí estaria o segredo: a disciplina!

O time não tem a velocidade padrão, mas a aplicação, o nível técnico e o tempo de trabalho construíram a eficiência.

E O MELHOR são as referências afetivas guardadas por Jorginho na memória afetiva: de Edu Coimbra, técnico que impediu a sua liberação nos juniores do América, em 1982, acreditando em sua polivalência, a Zagallo, que mostrou a eficiência do pensamento positivo na preparação mental das equipes.

Passando, é claro, pela exigência de Telê Santana, o estilo amigo de Carlinhos, a objetividade de Beckenbauer no Bayern, os estudos de Parreira e a leitura tática de Joel Santana e Sebastião Lazaroni.

MORAL DA HISTÓRIA: o Vasco de Jorginho é um híbrido da simplicidade alheia...

Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra Online