Vasco: o primeiro campeão da América
68 anos da conquista invicta do Campeonato Sul-Americano de Campeões (1948-2016)
"A façanha do Vasco foi a maior jamais realizada por clube brasileiro. Nenhuma outra se lhe pode sequer comparar [...] por isso a conquista do título de campeão sul-americano dos campeões pertence tanto a ele quanto ao football brasileiro" (FILHO, Mario. Críticas e Sugestões. Jornal dos Sports, Rio de Janeiro, 16 de março de 1948, p. 2)
"Viva o Vasco! Gritam assim cariocas, paulistas, mineiros, baianos, brasileiros de todos os recantos. Viva o Vasco! Gritam assim flamenguistas, palmeirenses, são-paulinos, atleticanos, torcedores de todos os clubes do Brasil. Porque o Vasco, vencendo o torneiro de Santiago do Chile, nacionalizou a sua conquista. Pela primeira vez o futebol brasileiro ganhou um título no estrangeiro! (Mundo Esportivo, São Paulo, 18 de março de 1948, p. 7)
"E com esse resultado o Vasco sagrou-se campeão invicto do primeiro torneio sul-americano de campeões. Uma vitória verdadeiramente notável, honra para o football brasileiro" (O Globo, Rio de Janeiro, 15 de março de 1948, Ed. vespertina, p. 1)
"O Brasil bem merece glórias assim. Coloco o Torneio dos Campeões no mesmo plano de qualquer sul-americano entre seleções. Sou ‘fan’ particular do football brasileiro e estou satisfeito com o brilhante feito do Vasco em Santiago em Santiago" (Álvaro Gestido, campeão olímpico de 1928 e da Copa do Mundo de 1930 pelo Uruguai. O Globo, Rio de Janeiro, 16 de março de 1948, Ed. vespertina, p. 12)
"A Associação Brasileira de Imprensa, sempre atenta a todas as festas que assinalam tanto os triunfos da inteligência como os da vida desportiva na sua mais alta expressão, não pode deixar de compartilhar com o maior entusiasmo as manifestações vibrantes do regozijo público pela vitória grandiosa que vem de alcançar denodadamente o grêmio da Cruz de Malta nesta parte do hemisfério, conquistando o título de campeão invicto num certame glorioso de campeões. Esse acontecimento equivale à consagração de nossa indisputada primazia no esporte continental. Cordiais saudações" (MOSES, Herbert. Presidente da Associação Brasileira de Imprensa. Jornal dos Sports, Rio de Janeiro, 18 de março de 1948, p. 3)
El título, el más honroso que club alguno
pudo obtener por la supremacía del balompié continental, quedó en el mejor
equipo; el más parejo, el más rendidor: el que con su FUTBOL MODERNO ha pasado
a revolucionar el ambiente futbolístico de America Latina, colocándose a la
vanguardia por sobre los demás. Y que conste, que de golpe, superó al
argentino; este muy técnico, lleno de grandes figuras, pero con exceso de
preciosismo, que como resultado final, es improductivo. […] Al nombrar futbol
brasileño y argentino y hacer un parangón tan audaz, si quiere lo hacemos
demostrando hechos: en este campeonato se reunieron los clubes campeones de los
respectivos países participantes y el mejor fue: VASCO DE GAMA (El Siglo, Santiago de Chile, 15 de
março de 1948, p. 1)
Capa da revista oficial do Campeonato Sul-Americano de Campeões (1948)
No contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial, impulsionado por um Chile que procurava se inserir melhor no cenário internacional, surgiram as condições favoráveis para a criação da primeira competição a nível continental da América. Neste dia 14 de março de 2016, completam-se 68 anos da conquista do "I Campeonato Sudamericano de Campeones" (Campeonato Sul-Americano de Campeões) pelo CR Vasco da Gama, um título obtido de forma invicta. Podemos ainda nos referir a referida competição como "Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de Futebol". O evento foi organizado pelo Club Social y Deportivo Colo-Colo, cujo presidente era Robinson Alvarez Marín, com apoio e participação da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) através de seu presidente, o chileno Luis Valenzuela.
"El chileno Luis Valenzuela, presidente de la Federación de Chile desde 1937 y de
CSF desde el 15 de enero de 1939, fue quien hizo realidad esos anhelos. En
su tercera presidencia en Colo Colo, Robinson Álvarez manifestó su decisión de
organizar, en Santiago la Copa de Campeones de América. Durante febrero y marzo
de 1948 se llevó a cabo el torneo con los clubes coronados de 1947. Vasco da Gama (Brasil) se consagró campeón"
(Site
Oficial da CONMEBOL. A respeito da organização do Campeonato Sul-Americano
de Campeões)
A vitoriosa campanha no Sul-Americano de 1948 transformou-se na
primeira conquista de um título por um clube brasileiro fora do território
nacional. A Seleção Brasileira, inclusive, somente conseguiria vencer uma
competição fora do país em 1952, nos Jogos Pan-Americanos, que também teve como
sede o Chile. Como a história demonstrou com o passar dos anos, o feito
vascaíno "abriu as portas" para uma longa trajetória de vitórias do futebol
brasileiro no exterior e de títulos internacionais para o "país do futebol".
Através do êxito obtido neste campeonato, o Vasco tornou-se o primeiro clube
campeão continental no mundo e, consequentemente, o Primeiro Clube Campeão da
América. Com o intuito de fazermos uma singela recordação desta conquista
histórica, vamos expor algumas informações.
O Campeonato e a Conquista da América
Em 1947, o
Vasco tornava-se mais uma vez Campeão Carioca invicto, era a base da Seleção
Brasileira e da seleção carioca. O "Expresso da Vitória" consolidava-se como a
maior equipe do país, alcançando vitórias para além do Rio de Janeiro. As
façanhas vascaínas espraiavam-se pela na América do Sul e Europa.
Campeão Carioca
de 1947 (invicto)
Em decorrência da qualidade de seu elenco, da sua força no cenário esportivo brasileiro frente a outras equipes, pelo fato de ainda não existir um campeonato de caráter nacional e o campeão carioca ser enxergado internacionalmente como um digno representante do futebol do Brasil, o Vasco recebeu no dia 18 de dezembro de 1947 o convite oficial para participar do Campeonato Sul-Americano de Campeões. Em visita a sede de São Januário no dia seguinte (19), o presidente do Colo-Colo, o Sr. Robinson Alvarez Marín, estabeleceu um acordo definitivo com o presidente vascaíno, Cyro Aranha, selando a participação do Vasco no torneio.
O campeonato
possuía formato de pontos corridos. Os sete clubes participantes se
enfrentariam em turno único e quem somasse mais pontos seria o campeão. Todos
os jogos seriam disputados no Estadio Nacional, localizado em Santiago de
Chile, capital do referido país. Os seguintes clubes foram selecionados:
Colo-Colo: Campeão chileno de 1947.
Emelec: Campeão equatoriano de 1946 (Não houve campeonato de 1947, pois, esteve suspenso em decorrência do Campeonato Sul-Americano de Seleções, cuja sede foi o Equador. A equipe do Emelec foi base de sua seleção nacional, em decorrência disso, foi convidada a participar pelo anfitrião Colo-Colo.
Litoral: Campeão de La Paz em 1947.
Municipal: Vice-Campeão peruano de 1947 (O campeão peruano, Atlético Chalaco, estava com várias baixas em seu elenco devido a contusões. Dessa forma, não conseguiu enviar uma equipe para o torneio. O forte conjunto do Municipal, que ficou apenas 1 ponto atrás do Chalaco, foi reforçado por elementos de outras equipes peruanas e convocado para representar o seu país no "Torneio dos Campeões").
Nacional: Campeão uruguaio de 1947.
River Plate: Campeão argentino de 1947 ("La Maquina" havia conquistado os campeonatos de 1942/1943, 1945 e 1947).
Vasco: Campeão Carioca (invicto) de
1947.
Os vascaínos partiram de avião no dia 07 de fevereiro de 1948, fizeram uma parada na Argentina (Buenos Aires) e desembarcaram na capital chilena no domingo (8). A delegação vascaína era uma verdadeira "embaixada brasileira" e estava composta desta forma:
Chefe: Diogo Rangel
Subchefe (delegado): Major Octavio Póvoa
Médico: Almicar Giffoni
Treinador: Flávio Costa
Massagista: Mário Américo
Cozinheiro: Laudelino de Oliveira
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Locutores: Luiz Mendes (Rádio Globo) / Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga)
Jornalista: Hélio Fernandes (O Cruzeiro)
Jornalista: Ricardo Serran: (O Globo)
Jornalista: José Araújo (Diário da Noite)
Jornalista: Paulo Medeiros (Diário Carioca)
Convidada: Maria Gomes de Almeida
Atletas:
Ademir Marques de Menezes / Ademir
Albino Friaça Cardoso / Friaça
Augusto da Costa / Augusto
Danilo Faria Alvim / Danilo
Dimas da Silva / Dimas
Djalma Bezerra dos Santos / Djalma
Ely do Amparo / Ely
Fausto Barcheta / Barcheta
Francisco Aramburu / Chico
Ismael Caetano / Ismael
Jorge Dias Sacramento / Jorge
Manoel Marino Alves / Maneca
Moacir Rodrigues da Silva / Moacir
Moacyr Barbosa / Barbosa
Nestor Alves da Silva / Nestor
Ramón Roque Rafagnelli / Rafagnelli
Wilson Francisco Alves / Wilson
O Vasco
possuía fama de vencedor, dentro e fora do Brasil. Porém, não era apontado como
uma das equipes favoritas por parte da crônica internacional. Chilenos,
uruguaios e argentinos esperavam que o poderoso River Plate ("La Maquina"), o
Nacional ou mesmo o próprio Colo-Colo se sagrassem como primeiro campeão do
continente. Os dois primeiros tinham o favoritismo por representarem os
países (Argentina e Uruguai) que possuíam as melhores seleções nacionais da
América. A seleção argentina já havia vencido 9 títulos do Campeonato
Sul-Americano de Seleções (Copa América) e a seleção uruguaia, além de possuir
8 títulos sul-americanos, havia conquistado as Olimpíadas de 1924 e 1928, e a
primeira Copa do Mundo, em 1930. Por sua vez, o Brasil tinha apenas 2 títulos
do Campeonato Sul-Americano de Seleções (1919-1922), ambos conquistados no Rio
de Janeiro. No que se refere ao Colo Colo, a expectativa era a de que o fato de
ser o anfitrião do campeonato pudesse pesar a favor do clube chileno.
O Vasco
precisou enfrentar o descrédito por conta de insucessos internacionais da
seleção brasileira e de clubes brasileiros em competições e amistosos anteriores,
e também encarar o olhar racista para com uma equipe vascaína recheada de
craques negros, mulatos e brancos que constituíam uma equipe sui generis. A despeito das
desconfianças e da "torcida contra", o Vasco "partiu para o título e venceu". O
"Expresso da Vitória" fez história e conquistou o campeonato de forma invicta,
demonstrando para o mundo a evolução do futebol brasileiro. Foram 6 jogos, com
4 vitórias e apenas 2 empates. No Chile, o Vasco obteve a glória de ser
eternamente o Primeiro Campeão da América e levou para casa 8 troféus (1 troféu do campeonato, 6 troféus por ter sido a melhor equipe em campo e 1 troféu por ter sido a equipe com melhor defesa da competição). Confira
a descrição dos jogos e dos troféus conquistados pelo "Gigante da Colina":
1ª Partida - CR Vasco da Gama 2x1 Club Deportivo Litoral
Data: 14/02/1948
Local: Estadio Nacional de Chile, Cidade: Santiago de
Chile
Árbitro:
Carlos Leeson
Público
pagante: 36.024
Renda: CPL$699.305,00
Vasco: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e
Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friança, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e
Chico.
Litoral: Gafure (Millan), Arraz e
Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli,
Gutierrez e Orgaz .
Gols:
Vasco - Lelé (8', 68')
Litoral - Caparelli (69')
2ª Partida – CR Vasco da Gama 4x1 Club Nacional de Football
Data: 18/02/1948
Local: Estadio Nacional de Chile, Cidade: Santiago de Chile
Árbitro: Higinio Madrid
Público pagante: 45.728
Renda: CLP$919.490,00
Vasco: Barbosa,
Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir
(Ismael) e Chico.
Nacional:
Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro,
Wálter Gomez, Mari, José Garcia e Orlandi.
Gols:
Vasco – Ademir (11’), Maneca
(68’), Danilo (71’), Friaça (89’)
Nacional – Walter Gómez (25’)
Troféu "ESTABELECIMIENTOS
ORIENTE"
3ª Partida –
CR Vasco da Gama 4x0 Club Deportivo Municipal
Data: 25/02/1948
Local: Estadio Nacional de Chile, Cidade: Santiago de Chile
Árbitro: Julio White
Público pagante: 17.233
Renda: CLP$379.914,40
Vasco: Barbosa
(Barcheta), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas),
Friaça, Lelé (Ismael) e Chico.
Municipal: Suárez,
Cavadas e C. Perales; Calunga, Castilho e Cellis (Ruiz); Loret de Mola
(Navarrete), Mosquera (López), Drago, Guzmán e Torres.
Gols:
Vasco
– Lelé (12’), Friaça (57’, 65’), Ismael (61’)
Troféu "MALTERIA CONTINENTAL"
Troféu "MUSALEM HERMANOS"
5ª Partida – CR Vasco da Gama 1x1
Club Social y Deportivo Colo-Colo
Data:
07/03/1948
Local: Estadio Nacional de Chile, Cidade: Santiago de Chile
Árbitro:
Carlos Paredes
Público
pagante: 37.569
Renda:
CLP$816.760,40
Vasco: Barbosa,
Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé, depois Maneca),
Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
Colo-Colo: Fernández,
Fuenzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro( G. Clavero),
Farías, Infante (Lorca), Varela e López
Gols:
Vasco –
Friaça (67’)
Troféu "CAFÉ CASA DO BRASIL - LA DOMA"
6ª Partida –
CR Vasco da Gama 0x0 Club Atletico River Plate
Data:
14/03/1948
Local: Estadio Nacional de Chile, Cidade: Santiago de Chile
Árbitro:
Nobel Valentini
Público
pagante: 58.717
Público
presente (estimativa): 70.000
Renda:
CLP$1.628.403,00
Vasco: Barbosa,
Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé),
Friaça (Dimas), Ismael e Chico.
River Plate: Grizetti,
Vaghi e Rodríguez, Iácono (Méndez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz),
Moreno, Di Stéfano, Labruña e Loustau.
Troféu "PRESIDENTE JUAN PERÓN"
Troféu
"BAND & SALAS", fornecido ao Vasco por ter sido a melhor defesa do
campeonato
Equipe que entrou em campo no
jogo decisivo contra o River Plate
Da esquerda
para a direita:
Diogo Rangel (Chefe da delegação),
Maneca, Chico, Friaça, Augusto, Danilo, Ely, Jorge, Ismael, Wilson, Barbosa,
Djalma e Flávio Costa (treinador).
Fonte: CR
Vasco da Gama. Boletim Mensal de
Informações aos Associados, agosto de 1948, p. 14
RECEPÇÃO
APOTEÓTICA DA TORCIDA AOS "CAMPEÕES DO CONTINENTE"
"Duzentas mil pessoas aclamaram os heróis da
jornada de Santiago"
(Jornal dos Sports, Rio de Janeiro, 18 de março de
1948, p. 5)
Boletim Mensal de Informações aos Associados, abril de 1948, p. 1
Exposição
inaugurada em 03 de agosto de 1948. Os troféus conquistados pelo Vasco no Chile
O Campeonato
Sul-Americano de Campeões representou a utilização do futebol como instrumento
de integração sul-americana, assim como já ocorria em outras competições
organizadas a nível de seleção (Campeonato Sul-Americano de Seleções, atual
Copa América) ou em disputas menores a nível de clube (como, por exemplo, a
Copa Atlântico). Entretanto, o campeonato de 1948 foi além e estabeleceu um marco na direção de se diminuir as distâncias físicas, culturais e ideológicas com a aproximação de diversos povos através do encontro entre clubes de diferentes países do continente americano que pratiquem o futebol.
Embora questões estruturais e disputas política tenham contribuído para que demorasse mais alguns anos para que houvesse um amadurecimento institucional das entidades esportivas responsáveis pelo futebol sul-americano no sentido de buscarem estabelecer um campeonato regular que definisse o campeão da América, o evento pioneiro no Chile tinha "plantado a semente". Em 1958 decidiu-se retornar a disputa de um campeonato entre os melhores clubes do continente, cujo vencedor enfrentaria o campeão europeu pela posse de um título interclubes (Copa Européia/Sul-Americana). No dia 02 de agosto de 1959, durante um congresso da CONMEBOL em Caracas (Venezuela), oficializou-se a criação de um novo campeonato, a "Copa de Campeones de América" (Copa dos Campeões da América), posteriormente chamada de "Copa Libertadores de América" (Copa Libertadores da América), cuja primeira edição realizou-se em 1960 e atualmente denomina-se Copa Bridgestone Libertadores.
O Vasco, no
ano de 1996, reivindicou a participação na Supercopa dos Campeões da Libertadores,
um torneio entre aqueles que já haviam conquistado a Libertadores da América,
ou seja, tinham sido campeões continentais. Dessa forma, por ter sido o
primeiro campeão da América, em 1948, o clube desejava ter o seu direito
respeitado e disputar a competição. O Comitê Executivo da CONMEBOL, órgão
máximo desta entidade, reconheceu a verdade histórica e permitiu que o Vasco
participasse da Super-Copa de 1997, reafirmando e reconhecendo de uma vez por
todas que o Campeonato Sul-Americano de Campeões foi um torneio continental
precursor da atual Libertadores, de mesmo patamar e objetivo, qual seja:
definir o Campeão da América.
O Globo, 21 de junho
de 1997, Rio de Janeiro, Ed. matutina, p. 31
Os vascaínos e vascaínas devem se orgulhar por serem atualmente bicampeões da América. O primeiro título foi conquistado no Cinquentenário do Vasco (1898-1948), o Campeonato Sul-Americano de Campeões, e o segundo título foi obtido no ano do Centenário do Clube (1898-1998), a Copa Libertadores da América. Dessa forma, em uma data tão emblemática como a de hoje, é mais do que justo recordarmos e fazermos tanto uma pequena homenagem àqueles dirigentes e jogadores que lutaram em prol do engrandecimento de nossa instituição, quanto ressaltarmos a importância desta conquista vascaína para a história do Vasco e do futebol brasileiro.
Viva o Vasco!
Texto: Walmer Peres Santana
(Historiador)
Centro de Memória do CR Vasco da
Gama