Rubro-negro, radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, revela carinho pelo Vasco

Quarta-feira, 17/02/2016 - 16:54
comentário(s)

Com mais de 50 anos dedicados ao jornalismo esportivo, o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, tem um capítulo à parte na carreira: em 1995, ele passou para o "lado de dentro" e assumiu o comando do Flamengo como treinador. Torcedor assumido do Rubro-Negro, onde também foi diretor de futebol, o jornalista da Rádio Tupi-RJ conta que evita fazer a cobertura direta do clube e sempre se relacionou bem com os demais, tanto que ele fala com carinho da relação com os vascaínos (assista ao vídeo).

- Nunca a torcida do Vasco me hostilizou. Ganhei um prêmio, uma coruja de mármore, dada pela Força Jovem. Minha mulher falou: "Você vai apanhar". E eu: "Vou ser homenageado, como vou apanhar?". Cheguei lá e deram uma vaia, tudo armado. Tremi um pouquinho, mas depois aplaudiram. Sou carinhosamente tratado lá - contou, no "Redação SporTV", revelando ainda ter uma relação de amizade com o presidente cruz-maltino Eurico Miranda .

Apolinho lamenta que nem em todas as esferas exista uma boa relação entre os rivais, o que considera ruim para ambos. Para ele, o Flamengo poderia jogar em São Januário diante da impossibilidade de atuar no Maracanã (devido às Olimpíadas) se a realidade fosse diferente e criticou as divergências que antecederam o clássico válido pelo Campeonato Carioca.

- É um absurdo que não tem tamanho. Por exemplo: vamos ter o Campeonato Brasileiro e Vasco está na segunda divisão. O Flamengo vai jogar aonde? Se o Flamengo está bem com o Vasco, joga em São Januário. Não consigo entender - disse.

Questionado por um internauta, o radialista não fugiu da resposta quando um torcedor quis saber se ele era vascaíno na década de 70. Apolinho negou, mas admitiu simpatia e explicou a razão, que vai além do fato de ter acompanhado o clube por anos como repórter.

- Não sou Vasco, nunca fui Vasco, mas sou filho de vascaíno. Meu pai é português, vascaíno, dono de botequim. Somos quatro irmãos e ele não conseguiu fazer nenhum vascaíno. Sou muito bem tratado no Vasco - explicou.

Washington Rodrigues tem 79 anos e é responsável por criar expressões marcantes no jornalismo esportivo, como o termo "chocolate", usada quando o time dá show no adversário. Em 54 anos dedicados à profissão, ele começou a carreira na Rádio Guanabara (atual Bandeirantes) e tem passagem por diversas emissoras de rádio e televisão.

Fonte: GloboEsporte.com