A diferença de bagagem entre os técnicos de Vasco e Flamengo não reflete exatamente o resultado de quando se enfrentam. Jorginho, em busca do primeiro título como treinador no Brasil, pode se gabar de ter o multicampeão Muricy Ramalho como freguês nos confrontos diretos. Em meio à admiração pelo rival, se sobressai o desejo de batê-lo mais uma vez, neste domingo, em São Januário.
Em quatro partidas, o técnico vascaíno venceu duas, empatou uma e perdeu outra. Em 2011, fez com que o surpreendente Figueirense batesse duas vezes o Santos, então campeão da Taça Libertadores, comandado pela dupla Ganso e Neymar.
Dois anos depois, voltou a encontrar Muricy Ramalho pelo caminho. À frente do Flamengo, empatou, por 0 a 0, com o Santos. Mais tarde, já pela Ponte Preta, voltou a medir forças com o técnico rival, então no comando do São Paulo. Foi a única vez que o vascaíno levou a pior: 1 a 0 para o Tricolor paulista.
Com características diferentes do treinador rubro-negro, Jorginho é menos explosivo, mede mais as palavras e possui um trabalho forte de mobilização de seus jogadores. Foi assim que quase livrou o Vasco do rebaixamento em 2015. Mas há também semelhanças com o tetracampeão brasileiro.
— Ele é um ex-atleta, assim como eu. Ele se encaixa bem no meu perfil. Ele conquistou grandes títulos pelo São Paulo e por outros clubes também. Esse é um objetivo meu — ressaltou o técnico vascaíno. — Admiro a sinceridade dele, a integridade, o homem que é, além de ser um grande profissional. Eu me espelho na transparência dele nas palavras, é um cara que eu gosto muito.
Tanto bem querer não impede Jorginho de procurar uma maneira de fazer com que Muricy experimente, no domingo, sua primeira derrota à frente do Flamengo. Ano passado, seu retrospecto contra o Rubro-negro já foi favorável, com duas vitórias e um empate. Mas Jorginho admite que a equipe este ano ainda não conseguiu repetir as atuações do fim de 2015:
— Estamos a caminho disso, precisamos de um ritmo melhor de jogo. Ainda estamos longe do ideal.
Fonte: Extra Online