Ao explicar não direito a voto para o sócio-torcedor, Eurico afirmou: 'A maioria não sabe votar'

Quinta-feira, 04/02/2016 - 06:02
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Eleito presidente do Vasco em novembro de 2014, Eurico Miranda explicou da seguinte maneira o fato de o Gigante, novo programa de sócio-torcedor do clube, apresentado nesta quarta-feira, não ter nenhum plano que dê direito a voto nas eleições trienais em São Januário:

- O Vasco já tem muitos sócios para votar. Os sócios do programa não têm direito a voto. Isso é limitado. Até porque a maioria não sabe votar.

O clube evita fazer prognósticos publicamente, mas espera a entrada de mais de 20 mil torcedores até o fim deste ano. Os interessados poderão aderir ao programa pela internet ou diretamente em São Januário, a partir do dia 28 de março.

Para seduzir a torcida, o Vasco oferece um extenso programa de benefícios e um leque diversificado de planos. Crianças até 12 anos pagam R$ 9,98 e torcedores de fora do Rio podem se associar por apenas R$ 14,98. Já os dois principais planos (“Amor Infinito” e “Sempre ao teu lado”) têm preços entre R$ 24,98 e R$ 179,98. No mais caro, o vascaíno tem direito a ingresso garantido nas sociais do clube, mas não a voto, considerado um atrativo por muitos torcedores.

De acordo com o estatuto do clube, quem quiser participar das eleições na Colina precisa ter um ano como associado. A primeira categoria que dá direito a voto é a de sócio-geral, cuja mensalidade em 2015 custava R$ 40. Porém, a entrada de novos membros nesta categoria está interrompida, sem previsão de retorno. Dependendo de quando for reativada, os novos asssociados não terão como completar um ano no quadro social a tempo de participarem das eleições de 2017.

O programa de sócios do Vasco será administrado pela Futebol Card, mesma empresa que faz a gestão do Avanti Palmeiras. O clube garante que, apesar de semelhanças, o modelo cruz-maltino foi feito abordando necessidades específicas vascaínas. Entre os pontos em comum, ambos deixam de lado a possibilidade de voto nas eleições como benefício para sócios-torcedores.

Neste sentido, a dupla segue a tendência dos outros grandes clubes no país. Entre os 12 de maior expressão, apenas Fluminense e Internacional oferecem essa possibilidade. No Tricolor, por R$ 35, o sócio já tem direito a voto, depois de dois anos no quadro do clube. Já no Colorado, o torcedor que adere o plano de R$ 20 já pode participar da eleição, sem tempo de carência. Em 2014, nada menos que 21.292 votos elegeram Vitório Piffero como novo mandachuva do Inter. Na eleição vencida por Eurico Miranda no mesmo ano, 5.592 votos foram computados nas urnas em São Januário.

Sem abrir o clube politicamente para sócios-torcedores, o presidente vascaíno aposta nas reconpensas para que o programa seja um sucesso:

- Esse é um dia que considero da maior importância para o futuro do Vasco. O Vasco precisava disso. Posso assegurar que foi feita uma pesquisa grande, inclusive comparativa. Não tenho dúvidas em afirmar, o Vasco terá o melhor programa de sócios do Brasil.




Fonte: Extra Online