As marcas continuam na camisa do Vasco, mas o futuro dos patrocínios do clube a curto prazo é uma incógnita. A diretoria cruz-maltina ainda negocia com Caixa e Viton 44 sobre a manutenção das parcerias, em conversas que devem durar até o fim do mês. A maior queda de braço é com a empresa estatal, que ofereceu valor menor em relação ao contrato de 2015, algo que o presidente do clube, Eurico Miranda, está relutante em aceitar.
No ano passado, o Vasco recebeu R$ 15 milhões da Caixa. O contrato se encerrou em dezembro, e, nas conversas para a renovação, a estatal ofereceu menos de R$ 10 milhões; a segunda proposta foi equiparável ao que Cruzeiro e Atlético-MG recebem (cerca de R$ 12 milhões). Procurado pela reportagem, Eurico não quis falar sobre o assunto e mostrou irritação. Outros membros da diretoria tentam convencer o mandatário a aceitar um valor reduzido.
- A gente quer os R$ 15 milhões. A Caixa tem os problemas dela, tudo bem, mas tem que ser um número que não seja absurdo para o Vasco. (Aceitar a redução) depende da contrapartida – explicou Marco Antônio Monteiro, vice-presidente de marketing do clube.
Apesar da queda para a Série B, o Vasco acredita que ainda terá boa exposição durante o ano. A diretoria usa como exemplo o fato de o jogo contra o Madureira, na estreia pelo Campeonato Carioca, ter sido transmitido pela televisão em 19 estados. O rebaixamento é visto como principal entrave na negociação – em São Januário, acredita-se que, em caso de permanência na primeira divisão, a renovação com a Caixa teria sido mais fácil.
- O que a gente está colocando para a Caixa é que o Vasco não é um clube regional. Tem amplitude nacional. Tivemos resultado muito positivo de exposição em 2015 – completou Monteiro.
Por enquanto, a ideia é esgotar as conversas com a estatal. O setor de marketing não iniciou buscas no mercado, por entender que será difícil conseguir outro parceiro. A Caixa, atualmente, é a principal patrocinadora dos clubes brasileiros: deve atingir mais de 40% da verba publicitária nas camisas dos clubes da Série A. No ano passado, a presidente da Caixa, Miriam Belchior, disse ao GloboEsporte.com que o critério técnico seria levado em conta para as renovações de patrocínio. Ou seja, o contrato poderia ser ajustado para cima ou para baixo a depender do resultado esportivo do clube em 2015.
Viton: permanência não está descartada
Realidade diferente da Viton 44. A empresa de guaraná investiu pesado nos times cariocas em 2015, mas iniciou o novo ano de maneira cautelosa. Negocia sua saída dos quatro clubes, embora tenha fechado patrocínio com o Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos. No Vasco, a situação segue indefinida.
A diretoria cruz-maltina negocia diretamente com Neville Proa, presidente da Vitton. A empresa tem contrato até o fim de 2016, mas busca uma forma de rescisão. As conversas prosseguem, e a permanência não está descartada, embora seja improvável. Enquanto isso, o Vasco segue estampando a marca na camisa.
Fonte: GloboEsporte.com