O Ministério do Esporte lançou nesta quinta-feira, em São Paulo, o Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios (Sisbrace), que tem como critérios conforto, segurança, acessibilidade e condições sanitárias e de higiene. Não foram levadas em consideração as condições dos gramados. Dos 155 estádios avaliados durante dois anos em 129 cidades, apenas 13 receberam a nota máxima. Todas as arenas usadas na Copa de 2014 estão neste grupo, à exceção da Arena Pantanal, que ficou um nível abaixo.
Em vez de estrelas, como são classificados os hotéis, os estádios receberam “bolinhas”, podendo variar de 1 a 5. Além de Maracanã, Itaquerão, Mineirão, Mané Garrincha, Fonte Nova, Castelão, Beira-Rio, Arena Pernambuco, Arena da Baixada, Arena das Dunas e Arena da Amazônia, as arenas do Grêmio e do Palmeiras, que não foram utilizadas na Copa, ficaram com nota máxima.
São Januário e Moacyrzão com três bolinhas; Engenhão com duas
Com quatro bolinhas, ficaram a Arena Pantanal, o Morumbi e o Estádio Governador Roberto Santos, em Pituaçu. Entre os 51 que receberam nota três, estão São Januário, Aniceto Moscoso (Conselheiro Galvão, em Madureira), Giulite Coutinho (Edson Passos, do América), o Moacyrzão, em Macaé, e o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Engenhão, Moça Bonita (Bangu), Eduardo Guinle, em Friburgo, e o Godofredo Cruz, em Campos, ficaram com duas bolinhas num grupo de 59 estádios. Outros 29 tiraram a nota mínima. A validade da classificação inicial é de três anos. A nova etapa do sistema, que deve começar em 2016, vai avaliar outros 140 locais.
A metodologia de classificação adotada no Sisbrace tem fundamento no Estatuto de Defesa do Torcedor e na legislação que trata sobre as condições de segurança dos estádios. A ação foi elaborada pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da COPPE/UFRJ. Uma nova avaliação pode ser solicitada pelos gestores dos estádios antes do término do período, para que seja verificado o atendimento às exigências.
Entenda os critérios
Segurança: inclui os aspectos de engenharia relativos ao sistema estrutural, de coberturas, de instalações sanitárias e elétricas, equipamentos e máquinas em geral, além de segurança pública e prevenção de incêndio e pânico;
Conforto e acessibilidade: trata aspectos como conforto térmico, acústico, de iluminação e serviços, infraestrutura e visual, além de itens como orientação espacial, comunicação, deslocamento e utilização do espaço e dos seus acessos no que diz respeito às pessoas com deficiência (PCD), pessoas com mobilidade reduzida (PMR), obesos e idosos. São todos os itens que envolvem a circulação externa e interna do público, acesso ao estacionamento, rotas acessíveis, áreas de permanência, instalações sanitárias e condições de acessibilidade ao campo.
Vigilância Sanitária: avalia os serviços de alimentação, infraestrutura das instalações sanitárias e de saúde, de acordo com as normas vigentes
Fonte: O Globo Online