Léo Príncipe passou por muitas dificuldades antes de ser titular absoluto do Corinthians e buscar o bicampeonato na Copa São Paulo de Futebol Junior. Já foi reprovado em testes, amargou o banco de reservas, Dispensado de um grande clube brasileiro e até mesmo pensou em largar o mundo da bola. Superada todas as barreiras, o lateral usa tudo o que viveu como motivação para torna-se um profissional.
Ele começou jogando futsal na AABB do Rio Janeiro e com 13 anos foi fazer testes no CFZ, time do ex-jogador Zico.
"Fiquei um bom tempo sendo testado, mas nunca me falavam nada se ia ficar. No último dia do período de teste eu ia largar tudo, mas minha mãe falou: ‘Não desista, hoje que eu sinto que alguma coisa vai acontecer'. Eu fui para lá bem chateado ainda, mas no meu último dia do período de avaliação acabei ficando", contou o jogador, ao ESPN.com.br.
Após se destacar no Carioca foi para Vasco da Gama, onde não conseguiu se firmar entre os titulares. "Foi difícil porque o time tinha muitos jogadores da seleção brasileira de base, caras que estavam não tinha muito espaço e fiquei na reserva do Foguete", recordou.
Após dois anos, Léo foi tentar a sorte no Flamengo e mesmo aprovado nos testes, não conseguiu permanecer. "Fiz um ano muito bom, mas no final fui dispensado. Não sei o que aconteceu porque tinha sido titular o ano todo. Então fui fazer testes de novo no Avaí, lá não deu certo", afirmou.
Mesmo com as frustrações, Léo não desistiu e a persistência acabou dando certo."Eu estava com uns 17 anos e passei no Corinthians, foi bom porque algumas pessoas já me conheciam do Flamengo. Eu estou faz um ano aqui. É um clube realmente muito diferente, qualquer campeonato a torcida está presente e apoia. A pressão é grande, mas é muito bom para gente já se acostumar como será no profissional", analisou.
Em 2015, o lateral foi campeão da Copa São Paulo pelo clube de Parque São Jorge e projeta a próxima etapa na carreira. "Eu ainda não fui relacionado pra os profissionais, é um sonho muito grande ainda mais em um clube deste tamanho. Não tenho pressa, quero que as coisas aconteçam na hora certa, não adianta se apressar", observou.
Príncipe é nome ou apelido?
A pergunta que o jogador de 19 anos mais responde nas entrevistas é: o 'Príncipe' é um apelido ou sobrenome?
"O príncipe é um sobrenome da minha família, meu bisavô veio de Portugal e demos sequência. Todo mundo acha que é apelido, brincam muito comigo por causa disso. Entre os amigos do Corinthians rola muita 'zoação' e adotei o Príncipe porque chama a atenção, é um nome diferente", explicou.
Leonardo Peixoto Príncipe sabe que o "cargo na família real" tem um preço a se pagar."Eu tenho que fazer jus ao sobrenome e ser um cara educado, não posso ser vagabundo (risos)", divertiu-se.
O jovem quase marcou um gol de calcanhar na estreia do clube na edição da Copinha contra o Bragantino neste ano. "O cara deles tirou em cima da linha e quase fiz um golaço, brincaram muito comigo", lamentou.
O jogador se inspira em Daniel Alves e Léo Moura, dede os tempos da gávea. "Eu sempre eu o via jogar e é um cara que admiro demais. Eu ficava observando o treino do profissional, aprendi muita coisa", afirmou.
Fonte: ESPN.com.br