Diante de uma crise nacional, o futebol brasileiro vê os chineses fazerem uma boa "limpa" em alguns de seus principais jogadores nos dois últimos anos. O movimento que começou em 2014 e ganhou força em 2015 desfalcou Cruzeiro, Corinthians, São Paulo, Atlético-MG e times do Sul. Até o momento, porém, o Rio de Janeiro não foi afetado.
Ileso às investidas chinesas, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo garantiram a permanência dos ídolos atuais de seus respectivos elencos ao menos para o início da temporada. Paolo Guerrero, Nenê, Fred e Jefferson até receberam sondagens, mas estiveram longe de abandonar o Rio.
O peruano do Flamengo chegou a despertar interesse de times sul-americanos e recebeu proposta do Al Ain, dos Emirados Árabes, mas a multa de R$ 80 milhões afastou qualquer hipótese de negociação.
No Vasco, Nenê atraiu holofotes dos rivais brasileiros após o excelente desempenho no Campeonato Brasileiro. O status de ídolo alçou o camisa 10 ao posto de "inegociável" – como dito pelo presidente Eurico Miranda. O mandatário já avisou que não pretende negociar o craque antes do fim de seu vínculo – dezembro de 2016.
O Tricolor Fred, como de costume, teve o nome falado em diversas situações. Nada, porém, que mudasse a ideia do capitão – reafirmada neste final de 2015 – de encerrar sua carreira no Fluminense e aumentar a lista do "fico" no Rio de Janeiro.
No Tricolor, aliás, acontece a única exceção, já que o atacante Biro Biro foi negociado justamente com o futebol chinês. Ao contrário de outros times brasileiros, no entanto, a transferência não causou preocupação, visto que o Fluminense já pretendia vender o atleta para captar receita.
Após garantir o retorno à série A, o Botafogo também viu o nome de seu principal ídolo e goleiro da seleção brasileira envolvido em especulações e sondagens. Jefferson, no entanto, não cogitou deixar o clube.
A comemoração pelo início de temporada com os ídolos, no entanto, pode não durar muito. Tudo porque a janela de entrada nas transferências para a China até 25 de fevereiro. Resta aos cariocas torcer para que os ídolos locais sigam como coadjuvantes do mais novo poderoso mercado de futebol internacional.
Fonte: UOL