O Conselho Deliberativo se reúne pela última vez neste ano de 2015 com a missão de avaliar o orçamento do Vasco para o ano que vem. A peça orçamentária prevê receita 8% menor na comparação com o documento de 2015 – de R$ 251 milhões de receitas previstas para este ano, para R$ 231 milhões em 2016. Além das verbas de transmissões de jogos, que correspondem a metade da previsão do ano que vem, uma das receitas mais significativas vêm da previsão de vendas de ex-vascaínos. O Vasco espera receber R$ 9,5 milhões somente em mecanismo de solidariedade nas vendas de revelações que já deixaram São Januário. Casos principalmente de Alex Teixeira e Phillipe Coutinho. Os dois já estiveram em lista de contratações de Real Madrid e Barcelona, respectivamente.
Na reunião esta noite na Lagoa, que será comandada pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo, Sergio Frias – o presidente deste poder Luis Manuel Fernandes está viajando -, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, vai defender o orçamento para o ano que vem, que prevê manutenção do patrocínio da Caixa Econômica Federal. O clube iniciou negociações com o banco público há algumas semanas e deve ter novo compromisso de R$ 15 milhões selado no início de 2016. Entre patrocinadores, o orçamento vascaíno prevê total de R$ 30 milhões. Ou seja, apesar da perda da Viton 44 – a marca de guaraná vai rescindir com o Vasco e outros clubes que patrocina -, a diretoria vascaína trabalha com a possibilidade de conseguir mais R$ 15 milhões em patrocínio para o ano que vem.
Em relação à venda de atletas, além dos mecanismos de solidariedade de ex-vascaínos, o Vasco espera faturar mais de R$ 20 milhões em transferências de jogadores. Luan, zagueiro de 22 anos, é hoje o ativo mais valioso do clube cruz-maltino. Thalles é outra possibilidade, assim como um dos jovens que vão subir para o profissional. Casos de Evander, Andrey e Mateus Pet. Resta saber se a política de valorização da base inclui abrir mão de propostas milionárias do futebol internacional.
Superávit de R$ 50 milhões e divergência no Conselho Fiscal
Apesar do ano de crise e de previsão de receita menor na Série B, a diretoria confia em superávit de R$ 50 milhões em 2016. Entre gastos, com folha salarial menor e corte de custos de maneira geral, a previsão total é de R$ 177 milhões em despesas. O equilíbrio financeiro do Vasco vai depender também do sucesso do sócio-torcedor. O departamento de marketing vascaíno prevê receitas de quase R$ 7 milhões com o novo programa para captação de associados. Na reunião desta noite, o presidente Eurico Miranda e o vice-presidente de marketing Marco Antônio Monteiro vão fazer explanação a respeito do projeto, que pode se tornar importante fonte de receita do clube para um ano de muitas viagens para o Norte e Nordeste do Brasil.
Dentro do Conselho Fiscal, deve haver novamente divergência nos votos. O presidente do Conselho Fiscal, Otto Carvalho e o membro da situação Rafael Landa devem recomendar aprovação do orçamento, com voto adverso de Diego Henrique Carvalho, membro da Cruzada Vascaína e representante da oposição.
Orçamento do Vasco em 2016:
Receita total - R$ 231 milhões
Patrocínios - R$ 30 milhões
Direitos federativos - R$ 22 milhões
Mecanismo - R$ 9,5 milhões
Despesas - R$ 177 milhões
Superávit - R$ 54 milhões
Fonte: GloboEsporte.com