O clima calmo nos gramados brasileiros contrasta com os bastidores agitados no final de cada ano. Atleta do Vasco desde 2013, Nei passou por alguns complicadores que impediram sua sequência no Cruz-Maltino. Na tarde do último domingo, o lateral participou do Lance de Craque – evento beneficente organizado por D’Alessandro – e comentou sobre as possibilidades para 2016.
"Tem algumas propostas, algumas coisas que venho escutando, mas quero pensar com calma. Tenho 30 anos, não mais 18, então não tenho tempo pra errar. Quero fazer um contrato bom, com uma equipe boa, pra ser campeão. Não estou preocupado com salário, não é salário que vai atrapalhar alguma coisa", ponderou.
"Quero ver o planejamento das equipes. Não adianta você olhar o valor que te prometeram, porque às vezes você não recebe isso. Meu pensamento é diferente, um pouco mais calejado. Estou tranquilo pra decidir", afirmou o jogador, que descartou por momento a possibilidade de jogar fora do país.
Questionado pela VAVEL Brasil se existe a possibilidade de vê-lo perfilando nos gramados brasileiros já na disputa dos campeonatos estaduais, Nei deu sinal positivo. Externou ainda que aguarda um pré-contrato, mas mostrou-se com os pés no chão e elencou alguns fatores decisivos para decidir o futuro clube.
"Tem (possibilidade de atuar já em algum estadual). Pra ser sincero tem três equipes que estou vendo, estamos conversando. Só posso me apresentar dia 29 de janeiro, quando acaba meu contrato com o Vasco, então estou mais tranquilo, com tempo pra treinar em casa. Quero algo que seja concreto e bom pra mim, e não só por acertar. Encaro o futebol com muito profissionalismo. Quero que seja algo com uma boa estrutura de trabalho, pra trabalhar bem e conseguir recuperar minha carreira", disse.
Na sequência, Nei ponderou que possui condições físicas para atuar até os 40 anos. Afirmou, porém, que pretende atuar profissionalmente por mais cinco anos. Na sequência, revelou um desejo pessoal para quando deixar de atuar: ser treinador.
"Quando encerrar a carreira, quero ser treinador. Quem está mais próximo de mim sabe desse desejo, sou um cara que lê bastante, que se expressa bem, sempre tive uma leitura tática muito boa. Acabando a carreira já quero engatar de auxiliar em algum lugar, depois como treinador, se Deus quiser, com sucesso", revelou.
Por fim, o lateral falou brevemente sobre a campanha vascaína neste ano e teceu elogios a uma figura controversa no cenário do futebol brasileiro: o presidente Eurico Miranda.
"Esse ano foi o mais certo pro Vasco. Infelizmente, a gente caiu. O presidente chegou e mudou completamente a situação do Vasco. A gente fica triste por ter caído principalmente pelo presidente. Ele é um homem de caráter, de palavra. A gente fica triste por ter caído principalmente pelo presidente. Até hoje, foi o melhor presidente com quem trabalhei. O que ele fala ele cumpre, independente de estar no papel, coisa que poucos sabem fazer".
"Só posso elogiar (sobre Eurico Miranda). Conheci ele esse ano. É um homem de caráter, de palavra. Tudo que ele prometeu pra mim não precisa de papel assinado. Ele prometeu e cumpriu. Uma pessoa que faz isso no futebol hoje, você tem que dar graças a Deus porque vai ser difícil de encontrar", completou.
Fonte: Vavel