Não deve avançar o possível recurso do Goiás na Justiça para evitar a sua queda para a Série B. O time esmeraldino se baseia em alterações promovidas no Estatuto do Torcedor pela Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (Profut), ainda em agosto deste ano, para 'virar a mesa', mas o próprio Governo sinaliza que elas somente passarão a valer a partir do momento em que forem incluídas no regulamento das competições.
Não é o caso do Brasileiro-2015.
Essa é a aposta que vem de Brasília.
Segundo membros do Governo, essa versão deverá ser ratificada em texto que confirmará a prorrogação do prazo para adesão ao Profut até o final de fevereiro e que deverá ser publicado em breve beneficiando equipes menores.
Mesmo antes de anunciar a medida sustentada basicamente a partir da falta de pagamento de salários que poderia rebaixar outros clubes, de acordo com a nova lei, em caso de não regularização até o dia 31/12, o Goiás já se manifestava abertamente sobre o tema.
Foi assim no VI Jurisports, congresso jurídico realizado em Belo Horizonte, na semana passada.
O próprio supervisor jurídico esmeraldino e também procurador do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), João Bosco Luz, discorreu sobre o tema através de sua conta no Twitter e ressaltou que o Goiás se encontra "em dia com as suas obrigações". O Vasco é um dos que apoia a tese do time do Serra Dourada. Eles negam que exista qualquer previsão de entrada em vigor do mecanismo somente a partir de 2016.
A gestão de Sergio Rassi no Goiás foi pautada exatamente pelo saneamento fiscal de seu clube enquanto que o presidente Eurico Miranda fez questão de deixar todos os pagamentos em dia, antes mesmo do fim do Brasileirão.
"Estamos seguindo a lei. Se este país é serio, tem que cumprir as leis. O Goiás, para se adaptar a este cenário de rigor fiscal, e esta lei está atuante desde agosto, fez um campeonato à pão e água", disse Rassi, em entrevista à Rádio Tupi, na última terça-feira.
"Nós limitamos salários de atletas, temos todas as Certidões Negativas de Débito, estamos rigorosamente em dia com salários, premiações e direitos de imagem, e esse sacrifício tem que valer de alguma coisa. Enquanto clubes gastaram de maneira irresponsável, o Goiás se adequou à lei e vamos atrás dos nossos direitos", acrescentou.
Fonte: ESPN.com.br