O terceiro rebaixamento do Vasco para a Segunda Divisão mexeu com a oposição. Júlio Brant, candidato derrotado por Eurico Miranda na eleição do ano passado, fez duras críticas ao presidente. A maior delas é o que ele considera um sinal claro de falta de planejamento para administrar o clube após a gestão de Roberto Dinamite:
- Ele assumiu o Vasco, está dentro do clube há 40 anos, era presidente do Conselho de Beneméritos, e diz que não sabia como o Dinamite deixou o clube. Isso é um total despreparo da parte dele. Dizer que o maior projeto do Vasco era ele é uma irresponsabilidade. Ele, como um profundo conhecedor do clube, não poderia assumir sem um projeto consistente para evitar o rebaixamento.
Segundo Brant, o grupo já ofereceu publicamente, e também em conversas privadas, ajuda à atual gestão. Mas teve o gesto recusado. Brant ressalta que a configuração do Conselho Deliberativo, com 30 cadeiras para a chapa perdedora e 230 para a vencedora, deixa seu grupo de mãos atadas quanto às decisões tomadas pelo clube.
- Somos atropelados por um rolo compressor, vários absurdos são aprovados - afirmou, em seguida fazer um pedido: - O Vasco precisa adotar práticas modernas de gestão. Bravatas, ameaças, isso não mexe mais com ninguém. O futebol mudou.
O líder da oposição vascaína garantiu que seu grupo já sabia que 2015 seria um ano muito complicado para o Vasco, por causa das dificuldades deixadas por Roberto Dinamite, e que por isso preferiu dar tranquilidade para a atual gestão trabalhar. Mas que depois do rebaixamento, a postura pode ser outra.
- Estamos observando alguns passos legais. Não fizemos nada esse ano, fomos responsáveis, sabíamos a situação era crítica. Se entrássemos na Justiça, iríamos prejudicar ainda mais o clube. Esperamos até o último momento por uma virada que não veio, torcemos enquanto se vendia uma ilusão de que haveria uma virada do time, uma carta na manga. Isso nunca existiu - lamentou.
Fonte: Extra Online