Quem prejudica é responsável, quem se omite é responsável, quem esconde os prejuízos também é responsável
Em primeiro lugar, queremos parabenizar o elenco do Vasco por tudo o que realizou neste Campeonato Brasileiro. Somar 55 pontos na tabela, número não permitido pelas arbitragens, após 16 pontos apenas no turno, número também impedido de ser somado por mais erros de mesma ordem, não é para qualquer clube. Ou melhor, é para clube nenhum em processo de reação, que não seja o Vasco. No modelo de Campeonato Brasileiro com 20 clubes, que já dura 10 anos, nenhum outro, com menos de 20 pontos no turno, emplacou a soma de 39 no returno, 28 apenas dados ao Vasco pelo desrespeito de árbitros e auxiliares à regra do jogo. A história do Vasco, atual Campeão Carioca, rei do Rio em clássicos, com salários em dia (raridade entre os grandes clubes do Brasil) e protagonista da maior contratação do futebol carioca em 2015, Nenê, foi de dificuldades desde o início da temporada, ou se preferirem, desde 02 de dezembro do ano passado. Orçamento para o futebol profissional quatro vezes menor do que clubes como Internacional-RS e Cruzeiro, confissões de dívidas deixadas, penhoras, tentativas de minar o clube (vide solicitação de retirada do Vasco do Ato trabalhista) por advogados da chapa amarela, cerca de 100 milhões de reais a serem pagos em curto prazo (felizmente equacionados em boa parte). Com extrema dificuldade o Vasco contratou 12 atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro. Deles, na histórica reação do clube iniciada no início do returno, foram em várias partidas ou são titulares até hoje oito deles (Julio Cesar, Diguinho, Bruno Gallo, Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique, Riascos, Leandrão). Jorginho, trazido para o returno, junto a seu companheiro Zinho, seriam responsáveis pela soma de 23 pontos a mais dos conquistados no turno em oito jogos de Doriva (6 pontos) e 11 de Celso Roth (10 pontos). Tudo foi feito, com extrema dificuldade, sem agredir o orçamento do futebol, sem impedir que o clube andasse, sem descumprir acordos, com inúmeros problemas do dia a dia, sem verba fácil disponível, mas muitas contas a pagar. Mesmo assim o Vasco passou por cima de tudo. Em meio ao mal momento no futebol eliminou o Flamengo na Copa do Brasil, superou por quatro vezes até prejuízos de arbitragem contra si (diante do próprio Flamengo na competição), diante de Avaí (turno), Atlético-PR e Sport (returno) para obter vaga no primeiro caso e vitórias no Campeonato Brasileiro no segundo. Mas o prejuízo de 14 pontos na competição freou por diversas vezes a arrancada do Vasco. O favorecimento aos mais diversos adversários da parte de baixo da tabela trouxe, por exemplo, uma discrepância jamais vista na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos. O maior favorecido, Chapecoense, com 6 pontos a mais na tabela, fruto de equívocos constantes da arbitragem na balança de erros contra e a favor, não está entre os que praticaram o melhor futebol no campeonato e destoa do Vasco numa diferença de simplesmente 22 pontos. Enquanto a equipe de Santa Catarina deveria ter somado ao final do certame 40 pontos, o Vasco deveria ter 55, mas a equipe catarinense termina a competição à frente do Vasco, por conta exclusivamente da arbitragem. Além disso as outras três equipes do estado foram favorecidas na balança de erros e acertos. Mais 4 pontos foram dados ao Avaí, 2 ao Figueirense, e até mesmo o lanterna Joinville recebeu um pontinho a mais, por obra de apitos e bandeiradas. Saímos de Santa Catarina e comparamos a performance da arbitragem nas campanhas de Goiás e Coritiba. Os goianos foram beneficiados em três pontos e o Coritiba prejudicado em 2. Diante deste quadro como pode se conceber tirarem do Vasco, através de árbitros e auxiliares, 14 pontos? Como é possível assimilar errarem em lances capitais contra o Vasco 20 vezes e a favor do Vasco apenas uma (segundo o Globoesporte.com seriam duas) sem qualquer ponto ganho pelo clube em virtude disso? O que se fez contra o clube e sua torcida no ano de 2015 bateu todos os recordes e isso não aconteceu por omissão do Vasco. Seu presidente não só questionou a arbitragem, como falou em nomes, a verdade desmentiu retruques dados a ele, foi à julgamento no STJD e lá a conclusão chegada foi a de que, de fato, haveria de se ter uma investigação quanto aos critérios de sorteio das arbitragens, caso a CBF não o fizesse. Mesmo diante da caótica atuação do bandeirinha Márcio Eustáquio Santiago na partida Vasco x Chapecoense, disputada a 15 de outubro no Maracanã, quando este deixou de marcar um pênalti escandaloso cometido por Tiago Luís (Mão na bola com braço no alto), lá estava ele um mês depois bandeirando Ponte Preta x Figueirense e marcando por conta própria (o árbitro não havia assinalado nada) pênalti para o Figueirense contra a Ponte Preta em bola que tocara na cabeça do atleta pontepretano Ferron, beneficiando, por coincidência, mais uma equipe de Santa Catarina, fora de casa, e proporcionando a que o Figueirense hoje precisasse apenas de uma vitória para se manter na Série A. Ressalte-se ainda que a equipe do Vasco foi a mais caçada em campo dentre os 20 participantes do campeonato. No Brasileirão 2015 o clube sofreu, até o final da penúltima rodada, 612 faltas. Apesar disso e de não ser das equipes mais violentas da competição, é o recordista também em números de cartões amarelos contra si (121) e vermelhos (13).
Na partida de hoje, diante do Coritiba, novos prejuízos capitais, com mais dois pênaltis não marcados, um deles indiscutível. Sim, a chave de ouro da covardia precisava entrar em campo e não seria na última rodada que deixaria de ser usada.
De pronto, entendemos que tudo deve ser investigado neste Campeonato Brasileiro, no qual apenas um clube teve tantos prejuízos de arbitragem, 2/3 deles em plena reação no returno, algo também inédito na história dos Campeonatos Brasileiros, entre os grandes que reagiram. E, finalmente, sobre dois mantras a serem utilizados por quem quer que seja a fim de negar o óbvio, ou seja, a total influência da arbitragem na campanha do Vasco, seguem dois dados, o primeiro referente a reações de clubes grandes nos últimos sete anos de Brasileiro, mais o Coritiba no ano passado, e a comprovação de que campanhas pífias no turno não significam queda, mesmo porque o campeonato tem dois turnos. O segundo, concernente às tais 11 rodadas nas quais o Vasco teve a presença do técnico Celso Roth comandando a equipe, comparando com períodos ruins de outras quatro agremiações, que chegaram a última rodada, todas elas, sem nenhuma chance de cair. Em 2008 o Fluminense terminou o turno com 16 pontos. No returno fez 29. Em 2009 o Fluminense terminou o turno com 15 pontos. No returno fez 31. Em 2010 o Atlético-MG terminou o turno com 17 pontos. No returno fez 28. Em 2011 o Atlético-MG terminou o turno com 15 pontos. No returno fez 30. Em 2013 o São Paulo terminou o turno com 18 pontos. No returno fez 32. Em 2014 o Coritiba terminou o turno com 17 pontos. No returno fez 30. Todos escaparam. Lembrando que com arbitragens limpas teria feito o Vasco a seguinte pontuação: Turno – 16 pontos Returno – 39 pontos. A passagem de Celso Roth pelo Vasco se deu entre a 9ª e a 19ª rodada: O Vasco somou 10 pontos em 11 jogos.
Vamos a cinco exemplos que demonstram claramente isso não ser parâmetro para rebaixamento:
Atlético-PR: Da 23ª rodada à 33 rodada: 7 pontos
Chapecoense: Primeiras 11 rodadas do returno: 7 pontos.
Fluminense: Primeiras 11 rodadas do returno: 7 pontos.
Sport: Da 15ª rodada à 25ª rodada: 9 pontos.
Flamengo: Primeiras 11 rodadas do turno: 10 pontos.
Cruzeiro: Da 12ª rodada à 22ª rodada: 12 pontos.
Nenhum deles corria risco de rebaixamento na última rodada. Tire-se, entretanto, 14 pontos de cada um deles. O que teríamos? Chapecoense, Flamengo e Fluminense rebaixados. Atlético-PR praticamente rebaixado, Cruzeiro com chances de cair e apenas Sport salvo. Vocês da Comissão de Arbitragem, vocês que se aquietam na mídia sem informar ao público a grande covardia feita contra o Vasco, vocês árbitros e bandeiras que erraram de forma consecutiva, por incríveis coincidências, contra apenas um clube, vocês que tentaram justificar as arbitragens com mazelas do Vasco, vocês que torceram contra o Vasco todo o campeonato, vocês que com o poder de reverberarem se aquietaram e se aquietam diante da barbaridade feita por sorteios, apitos e bandeiradas contra o Vasco, são responsáveis e muito por essa inacreditável situação de um clube ser prejudicado em 14 pontos, com o país todo assistindo e sem manifestações veementes, pois aqui no Casaca! demos o exemplo, visto desde a primeira rodada do returno (embora sendo pontuados também os erros de arbitragem do turno), falado, embasado, repisado e mantido, diante dos fatos inquestionáveis ocorridos. Que o Vasco corra atrás de seus direitos (todos), pois lhe foram tomados pontos indevidamente, E MUITOS, diferentemente do acontecido com a maioria dos outros clubes e exatamente o contrário do ocorrido com alguns, dentre todos os que abrangem ao final da competição as outras 19 colocações deste campeonato.
Casaca!
Fonte: Casaca