Jorginho chegou para a coletiva de imprensa com semblante de alívio no rosto. A vitória por 2 a 1 sobre o Joinville manteve vivo o sonho do Vasco de escapar do rebaixamento. Ao mesmo tempo, porém, o treinador aparentava certa tensão com o sufoco que o time levou no fim do segundo tempo, ameaçando os 2 a 0 tranquilos do primeiro tempo. Sem contar os clássicos como visitante, o Vasco chegou a terceira vitória fora de casa no Brasileiro - todas sob comando de Jorginho. E agora tem um desafio: voltar a vencer em casa, o que não acontece desde a partida com o Sport no início do segundo turno
- Estamos partindo para uma grande reação, mas temos dois jogos que são os jogos da nossa vida agora - disse o treinador do Vasco, logo no início da coletiva de imprensa.
A carga emocional da partida era grande, o que se refletia também na expressão do treinador. Até em caso de empate, dependendo dos outros resultados, o Vasco poderia sair de Joinville de novo rebaixado para a Segunda Divisão. Mas tudo começou a ficar mais claro quando Nenê colocou a bola no ângulo direito de Agenor, com apenas cinco minutos de jogo. O jogador, artilheiro isolado do time na competição com oito gols, é o trunfo valioso de Jorginho e foi capitão do time nesta tarde em Joinville - sem Rodrigo, suspenso.
- Muito bom contar com esse jogadoR. Além da qualidade técnica, como a gente viu na tirada dele no gol, ele nao desiste, quer mais, tem sonhos, quer realizar sonhos na vida dele. Pode ver que quando ele perde a bola, é o primeiro a dar combate. Além de estar o tempo todo preocupado com a tática da equipe, ele coordena o time tempo todo. Quando a bola bate no pé dele, a gente sabe que vem coisa boa. Tem carta na manga, tem o diferencial. Tivemos paciência necessária para esperar ele entrar em forma - comemorou o treinador, que não quis nem pensar na possibilidade de perdê-lo para o último jogo da competição. Nenê está pendurado com dois cartões amarelos.
- Não lembra disso não. Deixa isso quietinho (risos).
Fonte: GloboEsporte.com