Há 15 anos que o Palmeiras, adversário de hoje, às 17h, na Arena Palmeiras, lembra ao Vasco o quanto é importante acreditar. Seja na conquista de um título improvável, como foi na final da Copa Mercosul de 2000, seja na fuga milagrosa de um rebaixamento, como é o desejo vascaíno este ano, a ordem é ter fé na virada.
Quem protagonizou a vitória por 4 a 3, depois de descer para o intervalo com 3 a 0 contra no placar, de sabe que o primeiro passo para o time escapar da queda para a Série B é manter a confiança de que isso é possível. Euller, o Filho do Vento, lamenta o atual momento da equipe, mas pede para que os jogadores não entreguem os pontos.
- Enquanto tiver esperança, tem de se lutar por isso. No futebol, tudo pode acontecer - disse o ex-atacante.
Na partida, o jogador foi substituído por Mauro Galvão quando a virada já estava alcançada e o time segurava um resultado até então impossível. Para o ex-zagueiro, aquele jogo precisa servir de motivação para a equipe não apenas na rodada de hoje, mas também no restante do Brasileiro, em que o Vasco precisa de quatro vitórias em cinco jogos para escapar do terceiro rebaixamento.
- Acho que o time tem de se apegar ao momento do segundo turno, que foi quando se encontrou. E é preciso acreditar. Foi o que fizemos naquela vez. Acreditamos. Eles precisam crer que com o potencial que possuem, podem vencer - ensinou o capitão na conquista da Libertadores de 1998.
Naquela decisão de 2000, o Vasco chegou a estar perdendo por 3 a 0. Na reação, ainda teve Júnior Baiano expulso. Quem teve de segurar o rojão na defesa até a entrada de Mauro Galvão foi Odvan. Hoje torcedor, ele diz que sofre mais do que nos tempos de “zagueiro-zagueiro”, apelido que ganhou de Vanderlei Luxemburgo em sua passagem pela seleção:
- O time precisa pensar positivo e entrar concentrado. A equipe já deu provas de que pode jogar bem contra os times da parte de cima da tabela. Só não pode mais errar.
Um cochilo para o Vasco hoje pode ser fatal, assim como foi para o Palmeiras 15 anos atrás. Em uma das bobeadas do rival, Juninho Paulista aproveitou o rebote e fez 3 a 3 no antigo Palestra Itália. Para o ex-meia, a missão vascaína nesta reta final do Brasileiro é ainda mais difícil do que a virada da Mercosul:
- A situação é diferente. Agora é muito pior. Em 2000, lutávamos por título.
Fonte: Extra Online