Considerado por muitos como o maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite esteve longe de fazer o mesmo sucesso como presidente. Mandatário do clube nos dois rebaixamentos até aqui, em 2008 e 2013, o ex-atacante passou a se arriscar em uma nova profissão: a de comentarista, sem se furtar em dar seus pitacos na crise do Cruzmaltino, que está prestes a cair novamente.
Desde a última terça-feira, Dinamite participa de programas esportivos na Rádio Bradesco Esportes e no programa "Donos da Bola", da TV Band.
Na telinha, aliás, ele acabou sendo o responsável pela mudança no formato do debate, que antes de sua chegada contava com um comentarista representando cada clube vestindo as camisas de suas respectivas equipes. Agora, todos vestem um uniforme neutro.
Criticado por muitos vascaínos em função de sua administração, que durou de 2008 até o fim de 2014, Roberto não se intimidou em analisar a situação atual do Vasco em suas primeiras participações na nova função.
"Acho que um dos principais pontos foi a reformulação do elenco e, principalmente, as mudanças constantes na equipe. Muitas vezes chegavam jogadores novos e eles já eram escalados na equipe titular. Outros saíam da equipe e não entravam mais. Eu, que fui jogador, sei bem como é", avaliou.
Durante sua coluna de rádio, Roberto não falou diretamente sobre seu desafeto Eurico Miranda, mas pregou um discurso de pensamento mais coletivo em prol do futebol carioca como um todo, garantindo que quando foi presidente do Vasco agiu dessa forma.
Apesar de estar focado na função de comentarista, Dinamite não descartou a possibilidade de retornar à política cruzmaltina no futuro.
"Quero ajudar o Vasco da melhor maneira possível. Quem sabe, no futuro, se acontecer alguma coisa. Mas, sinceramente, hoje não vejo as pessoas juntas para colocar o clube como o mais importante", disse mês passado em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Após encerrar a carreira como jogador de futebol, Roberto Dinamite exerceu o cargo de vereador, em 1992, e deputado estadual, em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, além da presidência vascaína.
Fonte: O Dia online