Hoje no Napoli, Allan revela torcida pelo Vasco em sua luta para sair do Z4: 'Em algumas partidas faltou um pouquinho de sorte'

Sexta-feira, 06/11/2015 - 02:24
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Foram três bolas nas redes e cinco assistências em menos de meia temporada pelo Napoli. Nada mau para o brasileiro Allan, que marcou apenas dois gols durante os três anos em que jogou como volante do Udinese. Porém, como apoiador pela direita no novo time, o ex-vascaíno de 24 anos ganhou a confiança do técnico Maurizio Sarri logo na primeira oportunidade como titular, ao dar uma assistência para o gol do atacante Higuaín, no empate de 2 a 2 contra o Sampdoria.

Além disso, o jogador afirmou que ter balançado as redes na goleada por 5 a 0 sobre Milan, em pleno San Siro, e no passeio por 4 a 0 sobre o Lazio, é só o começo do longo caminho que ele busca trilhar para chegar à seleção brasileira.

- Espero continuar fazendo um grande campeonato com o Napoli e um dia realizar esse sonho de poder vestir a camisa da Seleção. Quem sabe fazer mais alguns gols e, com grandes atuações, eu consiga chamar a atenção do Dunga, para que ele possa me dar essa chance na seleção brasileira, porque é um sonho de criança.

Allan chegou ao Napoli por 11 milhões de euros (aproximadamente R$ 38 milhões) no mês de julho e mudou seu posicionamento. Ao abandonar a função de protetor da zaga central do Udinese, ele consegue se aproximar um pouco mais dos atacantes e dos gols como apoiador pela direita no novo time. Desde então, o brasileiro é presença certa no esquema inicial da equipe.

Sem perder há sete jogos pelo Campeonato Italiano e com 100% de aproveitamento na Liga Europa, o Napoli ocupa a quarta colocação da Serie A, registrando o terceiro melhor ataque (21 gols) e a segunda melhor defesa da competição (oito sofridos). Desta forma, o time de Maurizio Sarri tem a melhor campanha jogando em casa: são quatro vitórias, um empate e nenhuma derrota.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, Allan também falou sobre os anos em que passou no Udinese, o fraco desempenho do Vasco no Campeonato Brasileiro e a experiência de conviver com jogadores mais rodados no futevol, como o goleiro Pepe Reina e o atacante Gonzalo Higuaín. Além disso, ele foi cauteloso ao projetar os rumos que o clube deverá tomar no decorrer da temporada. Confira o bate-papo abaixo.

Como você avalia seu atual momento no Napoli?

- É um momento muito feliz. Não esperava um começo assim, fazendo gols e dando assistências neste período. Em três anos no Udinese só fiz dois. Em pouco tempo aqui já fiz três e está sendo tudo muito bom.

Vocês estão invictos na Liga Europa, com três vitórias em três jogos, e há sete jogos sem perder no Campeonato Italiano. A preparação é para disputar os dois títulos?,

- A gente não pensa exatamente assim. Não especifica por título. Pensa sempre no próximo adversário. É o começo do campeonato e é difícil imaginar o que vai ser daqui a quatro meses. Se mantivermos os bons resultados, aí sim podemos começar a pensar em coisas maiores daqui algum tempo.

Como é o ambiente do elenco?

- Tenho amizades boas, principalmente com os brasileiros (goleiros Rafael e Gabriel e o zagueiro Henrique). E jogar com atletas como Pepe Reina, Higuaín e o Hamsik (meia eslovaco) facilita bem. É um aprendizado muito bom e procuro, de uma maneira ou de outra, aprender com eles, pois são jogadores importantes.

A goleada sobre Lazio e Milan, a vitória sobre o Juventus ajudaram na boa campanha do time. Como foi a sensação de marcar gol no goleada sobre o Milan e sobre o Lazio e ainda vencer o Juventus?

- Fazer gols contra Lazio e Milan foi uma sensação maravilhosa. Uma alegria enorme. São times importantes mundialmente. E mais importante ainda foram as vitórias, uma de 5 a 0 e outra de 4 a 0. O San Siro é um estádio maravilhoso. São vitórias que dão moral para a nossa caminhada.

Como foi a saída do Udinese? Algo não deu certo lá para você ter marcado dois gols em três anos? Você estava infeliz?

- Na verdade, no Udinese não deu nada errado, deu tudo certo. Joguei bastante, mas era diferente. Jogava na frente da defesa e tinha bem menos chance de ir ao ataque. Aqui no Napoli, jogo mais avançado, sendo mais fácil de chegar perto do gol. Acho que foi isso de poder fazer gols. No Udinese jogávamos com três jogadores na frente da defesa. Mas eu estava feliz, ainda que o time tenha ambições diferentes do Napoli. Lá, sempre começávamos o Campeoanto para se manter na primeira divisão. E graças a Deus houve um ano em que nos classificamos para a Liga Europa. Foram três anos muito importantes, onde cresci como pessoa e jogador. Foi onde aprendi a falar italiano e acho que domino o idioma.

Você acompanha os jogos do Vasco? Sofre com a atual situação do ex-clube?

- Tenho acompanhado os resultados, porque é difícil ver os jogos, já que são no mesmo horário que os nossos. Estou na torcida para sair dessa situação. Em algumas partidas faltou um pouquinho de sorte. Mas torço para que o time tenha uma série de vitórias e possa escapar do próximo rebaixamento. É uma situação ruim. Um clube grande não merece passar por isso e tomara que no ano faça um Campeonato Brasileiro muito melhor que nesse ano - analisou o jogador, que foi campeão da Copa do Brasil com o cruzmaltino em 2011.

Nesta quinta-feira, o Napoli enfrenta o Midtjylland, da Dinamarca, pela quarta rodada da Liga Europa. Como está a preparação para o confronto?

- O pessoal está bem focado e podemos definir a classificação em primeiro com antecedência.Nosso time joga um futebol bastante intenso e vai procurar de todas as maneiras a vitória para avançar com folga.



Fonte: GloboEsporte.com