Antes chamado de Pet, Mateus Vital conquista espaço no Vasco e não descerá mais para os juniores

Sábado, 31/10/2015 - 09:32
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O nome Mateus Vital apareceu discretamente na lista de relacionados para o jogo contra o Grêmio no fim de semana passado. Na ficha técnica, o apelido "Pet", em referência ao futebol do ídolo rubro-negro, que teve boa passagem pelo Vasco, não entrou. Fã de Phillipe Coutinho, Mateus talvez fosse mais facilmente identificado pela maioria dos torcedores, mas, com ou sem apelido, Mateus começa a despontar no time nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Jorginho decidiu que "Pet", como o treinador e quase todos no clube o chamam, não desce mais para a base e integra o plantel principal. O jogador mostrou desenvoltura nos treinos, partindo para cima e, principalmente, ditando o ritmo, a especialidade do jogador que foi camisa 10 desde que chegou aos cinco anos de idade em São Januário.

Mateus foi descoberto por um olheiro do Vasco quando tinha apenas cinco anos. Ele jogava numa escolinha no Pavunense e foi levado para o futebol de salão vascaíno. O apelido veio de um diretor de futebol do clube que o comparava na forma de correr e tocar a bola com craque sérvio. Com novo contrato - até 2018 - com o Vasco, Mateus, que fez bonito gol contra o Flamengo pelo Carioca (veja no vídeo logo acima) deve aparecer de novo na lista de Jorginho para a partida de fim de semana. Membros da comissão técnica comentaram que o jogador de 17 anos está "voando". Com time de idade avançada - Julio dos Santos, Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique e Leandrão, todos do setor ofensivo, acima de 30 anos, não será surpresa se Pet aparecer no segundo tempo. Jorginho garante que não vai titubear se precisar usar o garoto, mesmo no momento delicado.

- Gosto muito de trabalhar com jogadores jovens. Outro que gostaríamos de trazer é o Matheus Índio, outro jogador de meio, dos juniores, tenho conversado com ele também, mas o Pet me impressiona pela dedicação, pela qualidade técnica, pela dedicação tática. Vai ficar no nosso plantel até o fim do ano e não desce mais para os juniores. Não tem essa coisa de que tem só 17 anos. É profissional, é atleta e muito comprometido. É um jogador que vai ter um grande futuro no Vasco - aposta o técnico Jorginho.

Clavícula da oportunidade

Neste ano o Vasco utilizou muitos jogadores revelados na base, mas poucos conseguiram se firmar. Jordi, Jomar, Henrique, Lorran, Jhon Cley, que foi negociado, Matheus Índio, que retornou para os juniores, Mosquito, que já deixou o Vasco, Yago, emprestado, Thalles e Renato Kayzer foram alguns dos que tiveram algumas ou poucas chances na temporada.

Curiosamente, Mateus aparece pouco depois de um problema físico o afastar da seleção de base onde estão outras duas das maiores esperanças de jogadores do Vasco: Andrey e Evander, os dois também nascidos em 1998, como Pet, que era cotado para a convocação, mas fraturou a clavícula e ficou de fora. Longe da seleção, o jogador se surpreendeu com a primeira chance no último domingo, que apareceu após confusão causada e corte de última hora de Thalles.

Há preocupação antiga no clube de que o apelido de "Pet" traga carga de responsabilidade maior ao garoto - sem falar na referência a um ídolo do maior rival -, mas o garoto parece não se importar com isso. A conta pessoal no Twitter, por exemplo, carrega o apelido pelo qual é conhecido. Em recente entrevista ao GloboEsporte.com, Mateus minimizou a discussão.

- Cheguei no Vasco de 2004 para 2005. Me falaram que eu era muito parecido com o Pet. Alguns vascaínos me criticam por conta disso. Eu tiro de letra as críticas, mas tento deixar de lado essa comparação. É legal ser comparado. Mas ele é o Petkovic, alguém que já fez história. Eu estou em busca do meu espaço. Tenho que ser o Mateus.

Na concentração, no último fim de semana, para a partida contra o Grêmio, o garoto teve a sensação da estreia e recebeu força dos novos companheiros. Luan, cria da casa, Andrezinho e Guiñazu deram força ao jovem atleta.

- Eles me parabenizaram e falaram para eu ficar tranquilo. Escutar isso dos jogadores mais experientes do grupo é muito importante para mim, pois me deixa mais tranquilo e mais confiante para quando entrar fazer o meu melhor - disse o jogador ao site Canal Vasco.

Fonte: GloboEsporte.com