O presidente do Vasco, Eurico Miranda, foi absolvido em julgamento nesta quinta-feira no STJD. Ele era acusado de desrespeito à equipe de arbitragem e afronta à ética ao apontar um complô para rebaixar o time. Poderia ser suspenso, levou apenas uma advertência.
Apesar de ser representado pelo advogado Paulo Rubens, Eurico fez a sua defesa. Formal e informal. Primeiro, ele apresentou áudios de entrevistas suas nas quais ele acusa a Federação Catarinense e responsabiliza a CBF. Em vários momentos, ele interpelou o próprio advogado de defesa.
- Não precisa ficar me contando nada que você vai fazer - ralhou Eurico.
- Só estou te avisando, doutor, retrucou Rubens, momentos antes de exibir vídeos de lances nos quais o Vasco teria sido prejudicado pela arbitragem.
- Passa este aí trinta vezes, Paulo. Puta que pariu, isso é brincadeira - disse Eurico ao ver a bola bater na barriga de Rodrigo e não na mão.
Depois, Eurico pergunta ao advogado:
- Cadê a raquetada, Paulo? - em referência a lance do jogo com a Chapecoense, no qual a arbitragem não marcou pênalti em toque de mão de um jogador rival.
A Procuradoria pediu a retirada do artigo do 243-D do CBJD (incitação à violência de torcedores). Em relação ao artigo 258, o relator Rodrigo Raposo disse que não vê provas de tramas contra o Vasco, como acusou Eurico, o que o relator-auditor classificou de deslize. Assim, ele votou apenas pela pena de advertência. Os demais relatores acompanharam o voto de advertência e absolveram o dirigente.
Durante a defesa, Rubens questionou a escalação de um mesmo árbitro para seis jogos de times catarinenses. E cobrou providências da CBF. O relator Rodrigo Raposo sugeriu que o STJD investigue os sorteios. Ao fim da sessão, quem ficou em julgamento foi a arbitragem do Brasileiro.
Fonte: O Globo Online
