Vencer o Fluminense, seu próximo adversário no Campeonato Brasileiro, passou a ser rotina para o Vasco da Gama na década de 1990. Após a histórica vitória obtida em 13 de março de 1998, com grande atuação do "Pequeno Príncipe" Geovani, o Gigante da Colina voltou a vencer o Tricolor das Laranjeiras no jogo seguinte, realizado em 29 de maio do mesmo ano. Depois desse triunfo, porém, a equipe de São Januário amargou uma sequência de sete partidas sem superar o rival.
O pequeno tabu chegou ao fim no início da temporada de 1990. O clube de São Januário entrou em campo em 28 de janeiro para fazer sua estreia na Taça Guanabara empolgado com a conquista do Campeonato Brasileiro, obtido em solo paulista, no ano anterior, diante do São Paulo. A expectativa no clube era a de começar a competição com o pé direito para iniciar a caminhada rumo a recuperação da hegomonia estadual, perdida para o Botafogo em 1989.
Dentro de campo, o time cruzmaltino, agora comandado por Alcir Portella, era praticamente o mesmo que se sagrou campeão nacional. O poderoso setor ofensivo, composto por William, Bismarck, Bebeto e Sorato, fez o clube da Zona Sul entrar em campo pensando apenas em defender. Segundo relato do jornalista Jorge Areas, que assinou matéria do Jornal O Globo sobre o clássico no dia seguinte, "a indiscutível superioridade técnica do Vasco esbarrou na maior parte do tempo num esquema muito defensivo bem montando do Fluminense".
A equipe das Laranjeiras cresceu de rendimento na etapa final, mas esbarrou nas boas defesas de Acácio. Demonstrando eficiência, o Gigante da Colina aproveitou a única oportunidade que apareceu na etapa final e empurrou a bola para o fundo das redes. Aos 28 minutos, Sorato escapou pela ponta direita e cruzou na direção da pequena área, de onde Bismarck finalizou com perfeição após superar a marcação de Alexandre Torres. Fim do tabu e início
Outro clássico marcante entre Vasco e Fluminense ocorrido na década de 90 foi o que decidiu o Campeonato Carioca de 1993. Na primeira partida, triunfo do Almirante por 2 a 0 com dois gols do ídolo Valdir Bigode. No duelo seguinte, o clube das Laranjeiras levou a melhor e venceu por 2 a 1. Em 17 de junho, cruzmaltinos e tricolores disputaram a terceira partida da decisão no Estádio Maracanã.
Apesar do retrospecto diante do rival ter melhorado consideravelmente após o triunfo relembrado acima (apenas quatro derrotas em 19 jogos), outro tabu atormentava a equipe de São Januário. O time das Laranjeiras havia levado a melhor nas últimas importantes disputas de título: Cariocas de 1976 e 1980 e Brasileiro de 1984. Ao longo dos 90 minutos, porém, o que se viu foi um atuação tranquila do Vasco.
Segundo relatos da edição de 18 de junho de 1993 do Jornal O Globo, faltou emoção para o clássico que decidiu o campeão estadual de 1993. Precisando apenas de um empate para alcançar o bicampeonato, o Gigante da Colina preferiu apostar nos contra-ataques e só não viu sua estratégia surtir efeito devido a uma infelicidade de Bismarck, que desperdiçou um pênalti aos 39 da etapa inicial. No segundo tempo, o Fluminense foi com tudo em busca do gol, mas também não foi feliz.
No ano seguinte, em 1994, o Vasco da Gama voltou a se sagrar campeão estadual em cima do Tricolor das Laranjeiras. Em 15 de maio de 1994, o Almirante duelou com o Fluminense no Maracanã precisando apenas de uma vitória para confirmar o inédito tricampeonato. Com dois gols de Jardel, atacante revelado em sua base, o clube de São Januário derrotou o rival e frustrou o sonho de Botafogo e Flamengo, que também disputaram a fase final do torneio.
Fonte: Site oficial do Vasco