Eurico, Delfim e Rogério Ceni serão julgados pelo STJD nesta 5ª às 10h30

Quarta-feira, 28/10/2015 - 22:49
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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) promete ter uma das manhãs mais agitadas e polêmicas dos últimos tempos.

Nesta quinta-feira, às 10h30, na sede da entidade no Rio de Janeiro, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, voltará aos seus tempos de advogado e fará sua própria defesa no encontro que o colocará frente a frente com seu desafeto, o vice da CBF e presidente licenciado da federação catarinense de futebol, Delfim Peixoto. Em pauta, um julgamento que pode colocar os cartolas em longo tempo na "geladeira".

Eurico, que se formou em direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC), terá a companhia do advogado do clube Paulo Rubens.

Toda a confusão teve seu início após o empate em 1 a 1 entre o Cruzmaltino e a Chapecoense no Maracanã, quando Eurico acusou os clubes catarinenses de estarem sendo favorecidos pela arbitragem, insinuando que Delfim estava por trás de toda a operação.

No dia seguinte, o dirigente vascaíno convocou nova coletiva onde apresentou um dossiê em que, entre outras coisas, comprovava sua tese de que o vice da CBF frequentava o vestiário dos árbitros em Santa Catarina, algo negado pelo próprio, mas que caiu por terra com as observações da súmula da partida entre Chapecoense e Vasco, ainda pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro.

De acordo com o STJD, Eurico foi denunciado no artigo 258 inciso II (desrespeitar a equipe de arbitragem) do CBJD por "afrontar os preceitos de boa ética e do fair play", e pode pegar de 15 a 180 dias de suspensão. O cartola também foi enquadrado no artigo 258 (conduta contrária à ética e à disciplina) por "sustentar sem evidências sobre um possível complô político e sobre a lisura do trabalho realizado pela Comissão de Arbitragem", o que ameaça-o de um gancho de 360 a 720 dias. Por último, ainda entrou na mira do 243-D (incitar violência) ao declarar guerra contra a CBF e seu presidente Marco Polo Del Nero.

Já Delfim foi denunciado também no artigo 258 por "agir de forma contraria à ética e disciplina desportiva ao negar ida ao vestiário da arbitragem" e pode sofrer as mesmas punições que o vascaíno neste quesito.

Ceni também será julgado e pode se aposentar

Ainda na pauta do STJD está o julgamento do goleiro Rogério Ceni, do São Paulo. Ele foi enquadrado no artigo 243-F (ofensa à arbitragem) por uma entrevista dada em campo no empate em 2 a 2 entre o Tricolor e o Vasco, ocasião na qual ocorreu um pênalti em favor dos cariocas e o arqueiro disparou: "Esse pênalti não é marcado dentro de campo. Esse pênalti já tinha sido marcado antes de começar do jogo, só bastava a circunstância".

Sua punição varia entre quatro a seis jogos. Em caso de pena máxima, o ídolo são-paulino poderá estar decretando sua aposentadoria, já que sua intenção é parar ao fim da temporada.



Fonte: UOL