Assim como Andrey Ramos, Letícia Botelho, Mateus Vital e Hugo Borges, Thayla Sousa é mais um dos destaques que compõe a talentosa geração 98, que rende ótimos frutos para o Vasco. Jogadora da equipe de futebol feminino sub-17, a garota está no clube desde 2012, mas o esporte a acompanha desde pequena.
- Comecei a jogar com cinco anos, em uma escolinha, no Jacaré, onde eu morava. Lá os meus primeiros professores, Maurício e Leandro me ensinaram tudo que sei. Sempre gostei de praticar esportes, fazia natação e judô, além do futsal. Aos poucos fui deixando de lado as outras modalidades e o futebol foi permanecendo. Cheguei ao clube com 13 anos, através de uma amiga que já jogava aqui. Ela me convidou para fazer um teste, fiz e passei - frisou a volante.
Capitã da equipe, a jovem é conhecida por se doar demais e por sua garra dentro das quatro linhas. Camisa 5 da Colina e apelidada de "trator" pelas companheiras de time, a vascaína almeja seguir carreira no futebol e sonha com a Seleção Brasileira, mas sabe das dificuldades encontradas no esporte.
- O futebol é muito inusitado. Não vou dizer que vou passar a vida toda jogando bola, mesmo que essa seja a minha vontade. O investimento aqui no Brasil para mulher ainda é mínimo, mas enquanto eu puder, estarei jogando, é a única coisa que me faz bem - declarou.
Atualmente como volante, Thayla começou no futebol jogando na posição de lateral. Fã de Luiz Gustavo e comparada a Guiñazu, a menina possui conquistas importantes junto ao clube e espera trazer mais um título Carioca para São Januário. O campeonato se inicia na próxima quarta-feira (28/10), reeditando a final da Taça Cidade de Nova Iguaçu, contra o Botafogo.
- A preparação está sendo maravilhosa, jogamos um torneio em Laranjal, tem quase dois meses, já visando o Carioca. Essa competição nos ajudou, fez nosso treinador, o Tony, pensar em novas formações, posições. Estamos bem focadas, jogando alguns amistosos, treinando forte também. O time está pecando cada vez menos. Os erros que cometemos estão sendo corrigidos, para que a gente possa fazer um belo campeonato. Fora a nossa união, a nossa força de vontade - afirmou ela.
A atleta, que recentemente perdeu sua avó, uma de suas maiores incentivadoras, contou com o apoio do grupo para superar a perda e lutar pelo seu maior objetivo.
- Tenho uma ambição pessoal por esse título, eu quero dedicá-lo obviamente a todas as minhas companheiras, a comissão técnica, a minha família e amigos, mas em especial à minha vó, que faleceu esse ano. E é através do futebol, que hoje eu carrego um sorriso no rosto. Ela sabia do meu amor pelo futebol é sempre me apoiou demais, então ela merece. Pensei até em parar de jogar, mas o meu time me apoiou muito e também é por ele que ainda estou aqui – disse emocionada.
Fonte: Site oficial do Vasco