O orçamento do Vasco para este ano previa R$ 40 milhões em vendas de jogadores. O objetivo estipulado passou longe. Apenas Jhon Cley rendeu dividendos para os cofres do clube com a venda para o futebol árabe há cerca de um mês. Com negociações frustradas em mais uma janela de potenciais saídas de jovens como Luan e Thalles, o clube fatura com promessas que já estão longe há anos de São Januário. O Vasco recebeu nos últimos dias pouco mais de R$ 1,6 milhão pelo mecanismo de solidariedade das transações de Souza para o Fenerbaçe, que deixou o São Paulo para o clube da Turquia, e Alan, que foi vendido da Udinese para o Napoli, da Itália.
Com passagem longa pelas categorias de base do Vasco, Souza deixou o clube em 2010, após ser campeão da Série B. Na época, saiu por R$ 8 milhões. Na transferência para o clube turco há alguns meses, coube ao Vasco quase todo percentual a que tem direito o clube formador - cerca de 300 mil euros, o que representa R$ 1,2 milhão.
O caso de Alan, campeão da Copa do Brasil de 2011 e vendido pelo Vasco no desmanche de 2012, é diferente. O jogador fez parte da formação no Madureira e o Vasco tinha apenas 2,5% dos 5% totais destinados aos clubes que o revelaram - pouco mais de 100 mil euros (aproximadamente R$ 430 mil).
O departamento jurídico do Vasco também entrou com pedido do mecanismo de solidariedade para receber parte da venda de Kenedy, atacante do Fluminense, para o Chelsea. Como o tempo de passagem do atacante por São Januário antes dos 18 anos foi mais curto, cabe ao clube de São Januário um valor de cerca de 30 mil euros - pouco mais de R$ 120 mil.
Os pagamentos, no caso do Napoli, parceladamente, foram feitos nos últimos dias - o clube ainda espera receber por Kenedy - e serviu para o Vasco diminuir os débitos com o elenco e funcionários - para jogadores, o mês de setembro ainda está em aberto. Funcionários variam de um a dois meses de salários atrasados. Entre os mais antigos, há dívidas relativas ao décimo terceiro salário do ano passado e férias.
Fonte: GloboEsporte.com