Em entrevista ao site Lancenet, o árbitro de Vasco 1 x 1 Chapecoense, Ricardo Marques Ribeiro, falou sobre os lances polêmicos da partida. É raro que árbitros se pronunciem sobre lances das partidas que apitaram, mas, excepcionalmente, Ribeiro foi autorizado pelo presidente da Comissão de Arbitragem Sérgio Corrêa a prestar declarações.
Sobre o pênalti que marcou para a Chapecoense, supostamente de Rodrigo, Ribeiro declarou:
"Houve um chute do jogador da Chapecoense, cruzado na área, e o jogador do Vasco número 3, o senhor Rodrigo, leva o braço, próximo ao corpo, para trás, fazendo movimento de não querer tocar na bola. Mas enrijece o braço numa intenção de bloquear a bola, embora o movimento seja para trás. Como enrijece e bloqueia a bola, o pênalti tem que ser marcado. Por que não leva cartão amarelo? Porque não tinha a direção do gol. Então, a penalidade existe", declarou Ribeiro ao Lancenet.
Acerca da falta sobre Riascos, Ribeiro afirmou:
"Nesse lance eu contei com a colaboração do assistente Márcio Eustáquio Santiago. Ficou claro que a infração foi fora da área. No plano de jogo, definimos que, quando eu estiver longe e o assistente não tiver a regra 11 (do impedimento) como prioridade, ele passa a me ajudar na regra 12 (faltas e correções). Foi o que aconteceu. Ele me auxiliou e eu marquei a falta fora da área", afirmou Ricardo Marques Ribeiro.
Sobre a mão na bola de um jogador da Chapecoense, dentro da área do Vasco, no fim do jogo, o árbitro declarou:
"Nesse lance, no momento em que há essa disputa, a bola não toca no braço do jogador, embora tenha ele tenha o braço na altura da cabeça, em posição antinatural. Tanto que a bola em momento algum é desviada. A trajetória da bola é a mesma. Não tocou na mão desse jogador. Se não tocou, embora tenha feito movimento antinatural, na direção da cabeça, não constitui infração. Na minha interpretação, lance normal", declarou o árbitro de Vasco 1 x 1 Chapecoense.
E, finalmente, sobre uma suposta indecisão na hora de assinalar o pênalti de Rodrigo, Ricardo Marques Ribeiro afirmou:
"Posso garantir que não tenho pressa para apontar a marca do pênalti. Minha convicção era plena, tinha toda a visão e interpretei de acordo com as diretrizes da Fifa. Sobre distância, velocidade, movimento natural, antinatural, jogador que assume risco, jogador que tem intenção de bloquear a bola, todos esses conceitos passados ao longo dos anos, e que vem sendo aprimorados. Foram colocados em prática hoje e tem sido colocados em prática por todos os meus companheiros. Obviamente são situações de interpretaçõs, podemos ter divergências, mas que as diretrizes têm sido cumpridas, isso não posso negar e desafio alguém a dizer que não estão", finalizou Ricardo Marques Ribeiro em entrevista ao site Lancenet.
O árbitro Ricardo Marques Ribeiro, coincidentemente, trabalhou no jogo do turno entre as duas equipes, em Chapecó, quando o Vasco foi derrotado pelo time da casa por 1 a 0. Também foi ele o árbitro de Atlético-PR 5 x 1 Vasco, em 2013, em Joinville, jogo que decretou o rebaixamento vascaíno, tendo ainda sido marcado por uma briga entre torcedores organizados dos dois clubes.
Fonte: NETVASCO
