A atuação polêmica da arbitragem no empate por 1 a 1 entre Vasco e Chapecoense, nesta quinta-feira, no Maracanã, trouxe alguns transtornos ao trio que comandou a partida. Após o jogo, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro e os auxiliares Guilherme Dias Camilo e Márcio Eustáquio Santiago foram pressionados por dirigentes e funcionários do Cruzmaltino nos corredores do estádio, mas continuaram mantendo suas posições de que acertaram nos lances questionáveis.
Inicialmente em clima tenso, os vascaínos fizeram duras críticas às autoridades enquanto elas passavam pelo corredor que dá acesso aos vestiários. Temerosos, eles recuaram e foram escoltados por policiais e seguranças.
"Nunca precisaram de polícia. Agora estão pedindo polícia, não é?", questionou um dos funcionários.
Mais tarde ,com um clima um pouco mais ameno, os auxiliares, de banho tomado, vestindo terno e levando suas respectivas malas, foram novamente abordados, desta vez por outros dois funcionários do Vasco, no estacionamento do Maracanã.
Já sem policiamento, a conversa transcorreu de forma mais calma, mas os bandeirinhas, mesmo acuados, mantiveram suas convicções de que não erraram nos lances cruciais da partida.
Em relação à primeira reclamação cruzmaltina, o pênalti a favor da Chapecoense em que Ricardo Marques Ribeiro viu mão do zagueiro Rodrigo, os funcionários do Vasco relataram ao UOL Esporte que eles teriam dito:
"Tenho 200% de certeza. O braço direito do Rodrigo estava rígido. Tanto é que ele nem ficou p...".
O outro questionamento se deu poucos minutos após o empate da equipe catarinense, quando Tiago Luiz teria colocado a mão na bola em disputa pelo alto com Nenê. Mesmo bem próximo ao lance, o auxiliar Márcio Eustáquio Santiago não enxergou a infração.
Novamente em relato à reportagem, o funcionário do Vasco descreveu da seguinte forma o argumento da autoridade:
"Ele disse que não foi nada. Que a visão dele do lance era melhor que a visão da televisão".
O UOL Esporte, de fato, presenciou de uma distância de cerca de dez metros o diálogo entre as partes, que durou pouco mais de dez minutos. Nele, os funcionários ainda mostram através de celular os vídeos das polêmicas.
Em seguida, os mesmos membros do Vasco ainda vão até a imprensa perguntar se alguém possuía uma foto que anda circulando nas redes sociais onde há uma certa nitidez da infração de Tiago Luiz. A mesma, no entanto, não foi encontrada.
O trio de arbitragem deixou o Maracanã quase duas horas depois da partida. Pouco tempo depois do presidente cruzmaltino Eurico Miranda deixar o estádio.
Fonte: UOL