Valdiram conta detalhes de como se afundou nas drogas e promete jogar no Vasco; veja vídeo

Sábado, 10/10/2015 - 14:44
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Transcrição de alguns trechos:

DROGAS

"Você acaba saindo com supostos amigos, aceita o que eles oferecem e aí não tem mais volta, vai para o buraco. Nos tempos do Vasco, eu não usava drogas, ficava só na bebida. Mas uma coisa levou à outra, e em 2009, passei a usar drogas. Muitos jogadores que conheci praticam o uso de cocaína. Na forma como se encontra hoje, o mundo está perdido. As pessoas precisam conhecer a palavra de Deus."

DINHEIRO GASTO

"Cheguei a ganhar mais de R$ 100 mil por mês quando jogava no Al-Shamal, do Qatar, em 2007. Sempre ganhei um bom dinheiro, com salários de R$ 20 mil a R$ 30 mil na maioria dos clubes por onde passei. Já tive R$ 5 milhões na conta. Porém, eu não tinha sabedoria e gastei tudo. Você pode ter R$ 60 milhões, R$ 70 milhões. Se não aplicar em algo que dê frutos e gastar no mundo do funk e da prostituição, o dinheiro todo se vai."

FUNDO DO POÇO

"Fui ao fundo do poço em 2010. Perdi minhas forças e usei drogas na Cracolândia do Jacarezinho (na Zona Norte do Rio de Janeiro). Eu sentava na linha do trem e usava crack e cocaína por ali, ao lado de outros viciados. Eu olhava para o lado, com aquilo cercado de gente usando droga, e lembrava dos grandes tempos como jogador. Hoje, meditando com Deus, agradeço por poder ter saído daquele mundo. Às vezes, me faltam palavras para agradecer a Deus. Poucos têm a oportunidade de sair deste drama."

RECUPERAÇÃO

"Foi no fim de 2010, uma semana antes de eu me converter. Eu estava alucinado em um motel antigo no bairro de São Cristóvão (no Rio de Janeiro), vinha usando drogas ali há 15 dias. Às três horas da manhã, vi o espírito da morte por baixo da porta, esperando a overdose para levar minha alma. Abri a porta desesperado, desconfiado de que fosse uma pessoa, mas não encontrei ninguém. Desesperado, cheirei cocaína e foi aí que vi o espírito da morte na minha frente. Senti medo, fiquei oprimido e clamei a Deus. Foi uma iluminação e ganhei forças para jogar fora as drogas e whisky, pela descarga. Senti uma paz muito grande dentro de mim com essa atitude. Durante os 15 dias, eu só saía daquele quarto para ir na comunidade buscar mais drogas, e voltava para cheirar e beber."

PROMESSA DE EURICO

"Há três anos, eu estava vendo um jogo no estádio do Olaria e o Eurico também apareceu por lá. Nos encontramos e ele disse: 'Se eu voltar a ser presidente do Vasco um dia, no meu time você joga'. Senti que Deus estava entre nós naquele momento. Essa promessa mexeu comigo e, em 17 de abril de 2015, uma sexta-feira, dois dias antes de o Vasco eliminar o Flamengo do Estadual, fui a São Januário para que aquelas frases fossem cumpridas."

"O Eurico veio até a mim e perguntou: 'Qual é o seu problema?'. Eu disse que iria operar o joelho direito e que queria uma nova chance no Vasco. Inicialmente, ele me falou não, mas sei que não foi por ele, mas por outra pessoa forte dentro da diretoria do Vasco. Ali, eu disse: 'Você tem uma dívida com Deus, esqueceu? Deus estava presente quando você me prometeu a volta'. Senti que ele me disse o não de coração partido. Dois dias depois, me ligaram autorizando a treinar no Vasco, e sou muito grato por isso."

2016 NO VASCO

"Quero estar em campo com a camisa do Vasco no Estadual. Tenho uma bonita história no clube e meu desejo é continuar a escrevê-la. Ninguém me procurou ainda para falar de contrato para 2016, mas estou trabalhando muito para que vejam o Novo Valdiram. Atualmente, já consigo correr dez quilômetros. Estarei pronto para jogar já em janeiro. Eu voltarei a jogar para dar alegrias à torcida vascaína."

Fonte: Lance TV