A rotina do Vasco em 2015 tem se notabilizado por ser rigorosa. Treinos abertos estão longe de acontecer com frequência e os sócios que têm se arriscado a criticar a diretoria, invariavelmente, são punidos.
Até o momento, o clube já expulsou três pessoas de seu quadro social e suspendeu por seis meses mais quatro. O primeiro sócio eliminado foi Davidson de Mattos, que postou em uma rede social um prontuário médico de Eurico Miranda, vazado na internet em agosto, onde constava a internação do dirigente num hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. No texto, o vascaíno desejava a morte do presidente, algo que não foi tolerado pelo cartola e pela diretoria administrativa.
Alguns dias depois do episódio, Davidson recebeu uma carta assinada por Eurico constando a eliminação do quadro social com base nos artigos 34, 35 e 36 do estatuto do clube.
Em outubro foi a vez dos sócios Eduardo de Carvalho Wimmer e Walter Brito Lima serem expulsos por fazerem duras críticas e ofensas ao presidente cruzmaltino e ao vice de futebol José Luiz Moreira em um programa de rádio. O tema central das acusações foi uma milionária confissão de dívida do clube com Zé Luiz, que será paga de maneira parcelada. Os dirigentes sentiram-se ofendidos a tal ponto que também analisam entrar com um processo contra a dupla.
Três sócios suspensos por seis meses estiveram envolvidos na tentativa de invasão a São Januário em um protesto dia 1º de agosto e o quarto é o advogado Alan Belaciano, que representou a chapa "Sempre Vasco", que ficou em segundo lugar na eleição do clube. A justificativa apresentada em documento para a suspensão do opositor foram "declarações inverídicas atentatórias ao clube e aos seus dirigentes".
Dois dias de treinos fechados e sem entrevistas
Os últimos dois dias de treinos em São Januário foram de segredo total. Além da atividade não ser aberta à imprensa, nem mesmo entrevistas coletivas aconteceram. A última que teve acesso dos jornalistas foi na terça, o que não acontecia desde 21 de setembro.
Procurada pela reportagem do UOL Esporte, a assessoria do clube alega que o treinamento de quarta-feira foi fechado em função da partida entre Vasco e Atlético-PR pela Copa do Brasil sub-20, que aconteceu à tarde.
Embora o estádio não esteja interditado pelo Corpo de Bombeiros, o Cruzmaltino alega que as obras que acontecem por lá geram "limitações", fato que o motivou a tomar a decisão de não abrir os portões.
Já a atividade desta quinta-feira não teve nenhum motivo em específico apresentado.
Embora diminua a exibição de patrocinadores, por exemplo, a prática de não abrir os treinos tem se tornado comum nesta temporada, principalmente após o segundo semestre.
Fonte: UOL
