Campeã da Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca, a equipe sub-15 do Vasco foi a que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira da categoria em sua última convocação. Cinco atletas cruzmaltinos estão concentrado com o time canarinho na cidade de Itu, em São Paulo. Lucão, Miranda, Caio Lopes, João Pedro e Paulinho não são os únicos integrantes do elenco infantil que merecem ser destacados.
Titulares desde o início da temporada, os laterais Sergipe e Rafinha são peças fundamentais no esquema tático do treinador Mário Jorge. Além de corresponderem defensivamente, os jovens chegam com frequência ao ataque e participam da criação das jogadas ofensivas. Essas características, porém, não são as únicas semelhanças entre eles. Antes de atuarem nesta posição, os dois eram atacantes.
- O Sergipe é um jogador que possui força, velocidade e bons cruzamentos. Precisa melhorar alguns aspectos de defensivos e sua concentração. Acredito muito em sua evolução, pois tem muito potencial para jogar nessa posição. O Rafinha atuava mais à frente quando cheguei aqui. Como trabalhei com ele em outro clube, sabia da possibilidade de utilizá-lo na lateral. Demos a oportunidade devido ao crescimento do João Pedro, antigo titular da posição, no meio-campo. O Rafinha ainda precisa melhorar um pouco suas ações ofensivas, mas está vindo bem - declarou o treinador Mário Jorge.
Com passagens por Flamengo, Audax e União, Rafael Martins, o Rafinha, chegou ao Gigante da Colina em 2013 e fez parte do elenco vascaíno durante as conquistas da Espírito Santo Cup (2013 e 2014) e da Copa Guri (2015). Por ser veloz e possuir uma boa visão de jogo, foi utilizado durante dois anos no setor ofensivo. Nesta temporada, devido a uma carência na posição, foi deslocado para a lateral-esquerda e conseguiu se firmar.
- Na verdade, quando eu cheguei no Vasco atuava como lateral, mas por conta de um pedido da antiga comissão técnica passei a jogar como atacante. Neste ano, o professor Mário Jorge, com quem eu trabalhei no Audax, me perguntou seu eu aceitaria voltar a ser a lateral. Topei e acabou que não tive tanta dificuldade para me adaptar. Estou muito feliz na posição e acho que fiz um bom campeonato no meu retorno à posição. Fomos campeões mesmo com todos duvidando do nosso potencial. Esse título serviu para mostrar que não somos mais o patinho feito - afirmou Rafinha.
João Victor, o Sergipe, possui uma trajetória idêntica a do camisa 6. O lateral-direito também chegou em 2013 e conquistou todos os campeonatos acima mencionados. O que muda em relação a história de ambos é o fato do número 2 ter sido descoberto pelo clube da Colina em Aracaju, sua cidade natal. Na época, assim como o companheiro, atuava como atacante e tinha como principal característica a velocidade.
- A minha principal dificuldade para me adaptar como lateral foi a marcação. Eu não gostava de marcar e os treinadores que tive sempre pegaram no meu pé por conta disso. O professor Mário Jorge conversa muito comigo e diz sempre que um bom lateral tem que saber defender e atacar. Estou satisfeito nessa nova posição, mas sei que ainda preciso melhorar. Vou seguir trabalhando para dar alegrias aos torcedores vascaínos como lateral. Como o Rafinha disse, nosso time era visto como o patinho feio da base do Vasco. Iniciamos o ano dispostos a mudar isso e acabamos conseguindo depois da chegada do Mário, que nos deu um ânimo novo e passou confiança - disse Sergipe.
Alunos do Colégio Vasco da Gama, Rafinha e Sergipe reforçam a equipe sub-15 do Vasco neste sábado (03/10) em mais uma rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Já garantido na decisão geral do estadual, o Gigante da Colina enfrenta o Volta Redonda, às 15 horas, na Cidade do Aço. Uma vitória pode deixar o cruzmaltino mais próximo da zona de classificação para a semifinal.
Fonte: Site oficial do Vasco