Jogo contra o São Paulo vira 'teste de fogo' para antigos titulares; veja quem terá uma chance

Quarta-feira, 30/09/2015 - 11:11
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Se o futebol do Vasco fosse uma escola, o jogo desta quarta-feira contra o São Paulo, pela Copa do Brasil, seria como prova final para alguns antigos titulares. Com a decisão da comissão técnica de poupar a equipe principal para a briga para escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Emanuel Biancucchi, Guiñazu, Christiano, Jean Patrick e Anderson Salles estão entre os relacionados e terão uma nova chance de mostrar serviço a dois meses do fim da temporada - os três primeiros devem começar a partida às 22h (de Brasília) no Maracanã, enquanto os outros dois correm por fora na disputa por vagas no time. Uma espécie de vestibular do professor Jorginho, que estará atento e planeja aproveitar futuramente quem for aprovado no teste de fogo.

- Temos aqui aproximadamente 40 atletas contando com os goleiros. Temos quase três equipes. Não digo coletivo, que não temos feito, mas num (treino) tático tem ficado com muitos do lado de fora. Aqueles que estarão entrando, dando resposta, com certeza podemos pensar diferente para o futuro. Eles sabem que a qualquer momento pode acontecer com eles como aconteceu com outros. O (Rafael) Vaz, o (Bruno) Gallo, que não vinha sendo relacionado e vem jogando de titular constantemente... Jogador sabe que a gente costuma ter uma base, mas eles sabem também que a oportunidade está sendo dada. Se for bem, acaba ficando - avisou Jorginho.

Emanuel Biancucchi é um dos nomes que vira e mexe está na boca do torcedor vascaíno, mesmo com apenas nove jogos e dois gols pelo clube. O meia argentino foi o único jogador no gramado após o treino secreto da última terça, em São Januário. Visto de colete, ele deve ter sua primeira oportunidade com Jorginho depois de ter perdido espaço até mesmo no banco com os muitos gringos do elenco - apenas cinco podem ser relacionados para cada duelo. A última vez que entrou em campo foi na derrota por 3 a 0 para o Corinthians, na 16ª rodada, sendo que sua última partida como titular foi na vitória por 3 a 1 sobre o América-RN, dia 15 de julho, pela terceira fase da Copa do Brasil. Ele passou a ser utilizado com maior frequência no fim da era Doriva, mas acabou reserva ainda com Celso Roth.

De argentino para argentino, Guiñazu é outro gringo que tenta recuperar o prestígio no Vasco. Disputou seis jogos com Jorginho, o último de titular na derrota por 6 a 0 para o Internacional, mas acabou barrado pelo treinador justamente num momento em que se lesionou e precisou levar dois pontos em um dedo da mão. Na época, houve uma rusga com o comandante. O volante não gostou de saber que a justificativa original para sair do time era o problema médico e interpelou o técnico no vestiário afirmando que não havia problema em ser barrado, desde que fosse colocado o motivo da sua saída - o atrito foi negado pela assessoria de imprensa do clube. Internamente na diretoria, porém, o jogador de 37 anos era visto como sem fôlego suficiente na composição da defesa e terminava desarrumando a equipe no combate fora de sua posição. Mas sua liderança sempre foi um fator positivo ressaltado por todos.

Do quinteto, Christiano foi quem mais vezes entrou em campo desde o início com Jorginho - a última vez foi na derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, na 23ª rodada. O lateral-esquerdo também tinha moral com os técnicos anteriores, disputou 44 partidas na temporada e foi campeão como titular do Campeonato Carioca sob o comando de Doriva. Mas nunca conquistou a torcida. E também não agradou tanto a diretoria, que contratou outros três jogadores para o setor em 2015: Bruno Teles, Erick Daltro e Julio Cesar. Este último que passou a ser o dono da posição durante a arrancada do Cruz-Maltino no Brasileirão.

No flanco oposto do campo, um volante de origem que ganhou espaço como lateral tenta recuperar o tempo perdido. Jean Patrick começou a temporada como titular do Vasco, mas logo foi prejudicado por uma fratura no tornozelo, no início de fevereiro, que o tirou do Carioca e o afastou dos gramados por quase seis meses. Voltou a fazer parte da equipe principal quando Madson frequentou o departamento médico do clube em agosto, mas acabou também sendo vaiado por torcedores na derrota por 1 a 0 para o Figueirense, na 21ª rodada, última das seis vezes que defendeu o time até aqui.

Anderson Salles é mais um na briga por vaga após se recuperar de lesão. O zagueiro voltou a treinar com o grupo na semana passada, depois de passar por uma artroscopia no joelho direito. Ele entrou em campo 25 vezes em 2015, mostrou faro de artilheiro com três gols de bola parada - um de falta e dois de pênalti -, e chegou a ser titular com Celso Roth como volante. Sob o comando de Jorginho, voltou a ser aproveitado na defesa, mas, assim como Jean Patrick, não joga desde a derrota por 1 a 0 para o Figueirense, na 21ª rodada.



Fonte: GloboEsporte.com