Os gritos de guerra são parecidos. O Vasco celebra suas glórias com o “Casaca”, o Sport Recife, com o “Cazá!” Resta saber qual vai cantar vitória neste domingo, às 16h, no Maracanã, pelo Brasileiro. Depois de já ter disputado a liderança, o rubro-negro pernambucano é décimo, com 37 pontos, ao passo que o Vasco ocupa ainda a incômoda lanterna, com 20.
Em suas histórias, Vasco e Sport têm pontos de contato, como os gritos de guerra. O do Vasco diz: “Atenção, vascaínos! Ao Vasco, nada? Tudo! Então, como é que é, que é, que é? Casaca, casaca, casaca, zaca, zaca. A turma é boa. É mesmo da fuzarca. Vasco! Vasco! Vasco!” A saudação em Recife é semelhante: "Pelo Sport, nada? Tudo! Então como é, como vai ser e como sempre será? Cazá! Cazá! Cazá, cazá, cazá! A turma é mesmo boa! É mesmo da fuzarca! Sport! Sport! Sport!"
De acordo com pesquisadores do Vasco, fundado em 1898, o brado surgiu na época das regatas, no fim do século 19, quando ao final das provas, os remadores festejavam as vitórias com uma fuzarca, isto é, folia, carnaval. Para rimar, alguém usou casaca. Daí , a saudação.
Pesquisadores do Sport, criado em 1905, dizem que sua saudação é a original, desde o título pernambucano de 1938. Teria sido trazida para o Vasco por Ademir Menezes, nos anos 40. Há outra versão, porém, de que Nelson Ferreira, que compôs os hinos dos grandes do Recife, incluiu em “Qual o score (placar), meu bem?,” o grito vascaíno, ligando-o ao Sport, seu clube. Daí, Casaca! virou Cazá!
Em campo, foram da Ilha do Retiro para São Januário os atletas Ademir Menezes (anos 40), Vavá e Almir Pernambuquinho (década de 50) e Juninho Pernambucano (anos 90), todos eles vitoriosos e personagens importantes nas histórias de Sport e Vasco.
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Fonte: Fonte: O Globo Online (texto), GloboEsporte.com (vídeo)