A CBF organizou nesta quarta-feira, na sede da entidade, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o Seminário de Preparação de Gramados, que faz parte do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014. No evento, o diretor de patrimônio, Dino Gentille, revelou que a confederação está estudando a criação de um ranking de qualidade de estádios e gramados. E que existe a intenção de premiar os melhores em tais quesitos. Tudo sob a chancela do Inmetro (Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
A tendência é que as avaliações sejam feitas a partir da temporada 2016, quando os gramados dos clubes das Séries A e B já terão sido avaliados pela CBF.
- A ideia é colocar selos. Cada estádio deve ser avaliado de uma maneira. Estamos estudando a possibilidade de, no fim do ano, fazer uma avaliação e dar um prêmio. Pode ser algo no gramado, um novo equipamento, um incentivo para que ele continue investindo. Essa é a nossa ideia. Estamos procurando fazer uma parceria com o Inmetro. Além do símbolo, que estamos estudando, o Inmetro pode dar parâmetros e qualificar esses clubes, mostrando qual clube terá evolução para nos premiarmos. Seria um ranking de estádio, de gramado...
A ideia da CBF é incentivar todas as séries do futebol brasileiro. A tendência é que a próxima fase do projeto, que terá mais três anos de duração, seja avaliar as arenas das Séries C e D. De acordo com a engenheira agrônoma Maristela Kuhn, da Comissão Nacional de Inspeção de Estádios da CBF, até o fim do ano, todos os estádios das Séries A e B terão sido avaliados.
- Estamos fazendo as medidas do campo internas e as dimensões. Isso vai terminar agora, e vamos recomendar melhorias no período sem jogos. A medida interna é fácil e acreditamos que será feito no verão. Não tem motivo para ter uma marca de pênalti colocada errada. Depois, temos a dimensão. Às vezes, um campo é pequeno porque tem um muro atrás. Mas as medidas internas são discutidas no primeiro momento. Já foram feitas 10 vistorias de estádios. Até o fim de novembro, tudo vai estar feito. A equipe de topografia é de São Paulo, e eles começaram por lá.
Maristela falou também do desejo de transmitir conhecimento aos profissionais que cuidam dos gramados Brasil afora.
- Tínhamos o desejo de passar o conhecimento adquirido durante a Copa. O melhor legado é educação. Trabalho no futebol há 20 anos e sentimos carência de conhecimento, muitas vezes não é só verba. É um primeiro passo para ensinarmos. Se vão investir, que façam da maneira certa. Os campos que já tinham times bons, oito, dez melhores times, já tinham um padrão bom de gramado. Com a Copa, elevamos, demos um passo a mais. Alguns estádios ganharam drenagem mais sofisticada, grama nova, luzes pelo sombreamento. Os outros estádios acabam vindo atrás – explicou.
Nesta quinta-feira, às 11h (de Brasília), os participantes do seminário terão uma aula prática. No gramado do Maracanã, eles poderão ver algumas das instruções passadas pela CBF no encontro desta quarta-feira.
Fonte: GloboEsporte.com