O torcedor que sente falta de uma cerveja gelada no Maracanã e no Engenhão tem uma partida decisiva na próxima terça-feira, mas a disputa será na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Será conduzida a primeira votação da proposta de liberação da venda e do consumo da bebida nas arenas e estádios do estado. O projeto 2129 que está na pauta foi originalmente proposto em 2013 pelo deputado Luiz Martins (PDT-RJ) e elaborado com auxílio do atual presidente da Comissão de Esportes da OAB-RJ, Marcelo Jucá - que também é vice-presidente do TJD-RJ. Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, também tem participado das reuniões.
O projeto que vai para votação prevê a liberação somente da cerveja - destilados e outros fermentados continuam vetados - e com restrição de venda somente antes do início e no intervalo das partidas. Essa restrição, contudo, não se aplica a áreas VIP e camarotes. Dois outros projetos posteriores foram anexados, de autoria dos deputados Geraldo Pudim (PMDB) e Wanderson Nogueira (PSB).
Jucá explicou que, em 2013, o entendimento geral da questão era diferente e, no cenário atual, acredita que a lei poderia ser mais liberal, sem a restrição de horário de venda. Mas emendas, como essa, podem ser colocadas durante a votação.
- O projeto foi feito em 2013, acredito que hoje a lei deveria ser até mais liberal, no sentido de permitir a venda de bebidas alcoólicas durante toda a realização do evento esportivo. E pode ser que isso seja permitido durante a votação na Câmara, mas o projeto de lei foi submetido dessa forma. Pode haver emendas. Estará na pauta de terça-feira.
A assessoria de Martins, que é líder da bancada do PDT na Alerj e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da casa, explicou que, mesmo sem emendas, haverá uma segunda votação e, novamente aprovado sem emendas, o projeto segue para sanção do governador. O deputado está confiante por conta do apoio do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB).
- O meu projeto é desde 2013, eu votei favorável na época da Copa do Mundo, e não tivemos problemas nenhum. Acho que é importante para os clubes, e para a população poder tomar sua cervejinha. Melhora essa relação conflitante que tem em volta dos estádios. O cara bebe fora e entra faltando 10, 15 minutos, fica uma confusão. E tem um conflito da Guarda Municipal com os ambulantes. Acho que será uma vitória. Acho que o espírito da casa é aprovar. O Picciani demonstrou isso na reunião que fizemos ontem. O presidente do Botafogo participou, o clube está participando diretamente, pois acredita ser importante até em termos de patriocínio. Historicamente nunca houve problema com a venda de cerveja - afirmou o deputado Luiz Martins.
Fonte: Blog Bastidores FC - GloboEsporte.com