Fazendo uma analogia ao futebol, a posição de pivô no handebol seria como um centroavante, típico camisa nove. Porém, as características de um atacante dos gramados são voltadas ao setor ofensivo do time. Nas quadras, a função defensiva de uma atleta desta posição é tão importante quanto a ofensiva. Em um setor de tamanha responsabilidade, a equipe do Vasco/FAB conta com quatro jogadoras para ocupar este espaço.
Jessica Louise integra o grupo de pivôs cruzmaltinas, e tem uma carreira surpreendente. Há apenas quatro anos praticando o esporte, a jogadora de 19 anos já acumula convocações para seleção carioca e brasileira juvenil. Descoberta em uma brincadeira para aprender as regras do handebol durante a aula de educação física no colégio, Jessica se encantou pela prática do esporte.
- Uma professora de educação física marcou um amistoso para conhecermos as regras. Mas na escola não tinha time. Acabou que neste amistoso, o técnico da outra equipe me chamou para jogar no colégio dele. Me apaixonei pelo esporte, fiquei encantada, e fui para o time da outra escola. Em três meses jogando handebol, fui convocada para a seleção do Rio de Janeiro. Estava iniciando, e alguns treinadores confiaram no meu potencial. Ano passado fui campeã do pan-americano com a seleção da minha categoria - disse Jessica.
Outra com passagem por seleção brasileira é Nadyne. A pivô de 20 anos esteve presente na última lista do técnico Morten para viajar com o time brasileiro adulto em um período de testes em São Paulo, e sonha com mais convocações para jogar com a amarelinha. Machucada, a jogadora ficou de fora da estreia, mas já retornou ao time na vitória contra as atletas de Caxias do Sul, pela segunda rodada.
- Sei da minha importância ao grupo, principalmente defensivamente, mas elas se saíram perfeitamente bem enquanto estava ausente. Tanto na parte ofensiva quando defensiva. Todas temos um potencial enorme, porém, cada uma com sua qualidade, que se encaixa melhor em determinados momentos da partida. Preferi não jogar o primeiro jogo, para estar 100% no restante da Liga Nacional - falou Nadyne.
Na carreira de Juliana Vicente, o Vasco da Gama não pode deixar de ser citado. Seu começo no handebol foi aos 14 anos, no Gigante da Colina, ficando até os 16. Também passou por seleções carioca e juvenil, e rodou por outras equipes do Brasil. Agora com 27 anos, a atleta retorna para o lugar onde sua trajetória se iniciou e conta sobre a emoção de estar de volta a São Januário.
- É muito bom, depois de bastante tempo, voltar para o clube onde tudo começou e que eu só guardo excelentes lembranças. O Vasco/FAB é um clube de nome, e só de jogar uma competição tão importante como a Liga Nacional, vestindo esta camisa de peso, a responsabilidade já é imensa - comentou Juliana.
Com 29 anos, Débora já jogou por outro grande clube do país, o Corinthians, e sabe como é atuar em uma equipe de porte e em importantes torneios. O campeonato paulista é considerado o mais forte do Brasil, e a pivô vascaína mostra as diferenças de jogar em um clube carioca para um da cidade vizinha. Além disto, explica como as meninas da Colina chegaram a uma competição nacional no mesmo nível ou até melhor do que equipes que disputam o estadual de São Paulo.
- A competição paulista é muito disputada, do começo ao fim. Os clubes são muito competitivos e os elencos são fortes, ficando difícil de apontar um favorito. Aqui nós usamos a Copa do Brasil como preparação para a Liga, e isso nos ajudou. Nosso treinamento foi muito intenso desde o início do ano, principalmente na parte física. O grupo tem muita gente que atuou em grandes times, e isto facilita para manter um nível alto - afirmou Débora.
Fonte: Site oficial do Vasco