Membros da diretoria do Vasco vêm recebendo ameaças por telefone

Sábado, 12/09/2015 - 07:23
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Apesar da primeira vitória depois de 52 dias, o alívio não é a única sensação no Vasco. Após os recentes casos de agressão e hostilidade por parte de torcedores a tensão também é grande. E não se limita aos jogadores. Membros da diretoria foram ameaçados, por telefone, numa mostra de como a violência prevalece na delicada relação entre clube e torcida.

No fim de semana passado, antes do jogo contra o Atlético-MG, dois diretores do clube procuraram o Juizado Especial do Torcedor para se queixar sobre a tentativa de invasão a São Januário, da agressão a Rodrigo, ocorridas no dia 4, e para revelar que sofreram ameaças por meio de mensagens de celular. As denúncias em caráter não-oficial, já que não aconteceu a tomada de depoimentos, foram feitas para o juiz Marcello Rubioli.

— Eles ficaram de registrar oficialmente as ameaças. Estou esperando que o façam. Sem isso, não podemos fazer o rastreamento das mensagens para identificar de onde saíram as ameaças — explicou Rubioli.

Além das queixas de ameaças, o juiz também recebeu relatório do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) sobre a tentavia de invasão a São Januário e a agressão a Rodrigo na porta do hotel em que o time se concentra. Quatro torcedores foram identificados, inclusive o autor do tapa desferido no atleta. Todo o material, inclusive imagens, já está com a promotoria do Ministério Público.

— Na próxima semana vou examinar o material entregue. Só aí saberei se peço a abertura de inquérito diretamente ou se solicito investigações complementares antes — afirmou Marcos Kac, promotor do Juizado Especial do Torcedor.

Até hoje Rodrigo não registrou queixa. O zagueiro fugiu dos holofotes após o incidente. Na saída de campo, em Campinas, recusou-se a falar com as equipes de TV e rádio. No desembarque do time, na quinta-feira, repetiu o comportamento. O silêncio dá o tom em São Januário.

Fonte: Extra Online