Fifa 16 terá clubes da série A do Campeonato Brasileiro 2015. A presença dos times foi confirmada durante uma visita guiada aos estúdios da EA Sports em Vancouver, no Canadá. O game traz 16 clubes brasileiros da série A, ficando de fora apenas Flamengo e Corinthians, que fecharam exclusividade com PES 2016, além de Goiás e Sport Recife.
Em entrevista exclusiva para o TechTudo, Gilliard Lopes e João Barão, produtores do título, contaram os detalhes da negociação dos clubes nacionais. Segundo João, os jogadores brasileiros terão nomes originais, além de apresentarem aparências fiéis à realidade. Abaixo, confira a conversa na íntegra.
TechTudo: Ano passado, os times brasileiros ficaram de fora do game. Esse ano, teremos a presença de 16 clubes da série A do Campeonato Brasileiro. O que mudou na negociação para que esses clubes voltassem ao jogo?
Gilliard Lopes: No ano passado, foi algo que surgiu muito próximo do lançamento. Nós tínhamos os times prontos, como já tínhamos feito no FIFA 14, mas tivemos esse problema. Foi uma interpretação do contrato de jogadores, que acharam que algo ali não estava ligado à Associação de Jogadores Profissionais. Todos os jogadores, do mundo inteiro, interpretam da forma que a gente também interpreta. Já os jogadores brasileiros decidiram entender de uma forma diferente, e criou-se uma situação única. Não tínhamos tempo hábil para redigirmos um outro contrato, para contornar esses problemas, até o lançamento do jogo. Já este ano, tivemos um tempo maior. Mas, ainda assim, foi uma negociação muito delicada, até porque apenas no Brasil não há uma única instituição que podemos negociar, como acontece na Inglaterra e Alemanha, por exemplo.
TT: Na versão que nós jogamos, pudemos notar que há 16 times brasileiros. Quatro ficaram de fora: Flamengo, Corinthians, Sport e Goiás. Ainda existe alguma chance desses clubes entrarem no game?
GL: Eu nunca diria "nunca", mas, como o público no Brasil sabe, as licenças nos times nacionais têm sido algo muito complicado. No ano passado, tivemos aquele problema com os jogadores, e, que fique claro, nosso problema não é nem diretamente com o clubes. O que aconteceu foi uma mudança na interpretação dos jogadores nos seus contratos de imagem que fez com que no ano passado nós não pudéssemos trazer os times brasileiros. Então, nesse ano, desde que nosso time de licenças soube desse problema, começamos a trabalhar muito duro para trazer de volta os times brasileiros o mais rápido possível. E a gente está muito feliz em ter conseguido 16 times para a versão que estará saindo nas lojas. O que vai acontecer dali pra frente, no que diz respeito a atualizações do elenco dos clubes, não podemos comentar, porque envolve negociações. Mas tenho certeza que os nossos jogadores do Brasil ficarão satisfeitos com o esforço enorme que foi feito para trazer esses times.
TT: Ainda sobre os nossos testes com o jogo aqui na EA, pudemos notar que os jogadores dos times nacionais estão com nomes e aparência de uma forma fictícia. Eles chegarão assim na versão final do game, ou haverá um update para essas atualizações?
João Barão: As negociações levam tempo, mas já temos tudo pronto. Antes do lançamento do jogo, já teremos as atualizações feitas, e os jogadores já estarão com seus respectivos nomes, aparência e até mesmo os áudios gravados de Tiago Leifert e Caio Ribeiro. A versão disponibilizada aqui no evento era uma build antiga, preparada apenas para o evento, mas podemos garantir que quando o jogo for lançando na loja, os times brasileiros estarão com todo o elenco atualizado.
TT: PES 2016 trará um grande número de estádios brasileiros. E Fifa, desde o game da Copa do Mundo de 2014, não conta com alguma arena nacional. Há planos de algum estádio do Brasil aparecer em Fifa 16 ou na próxima versão do jogo?
GL: O que aconteceu no game da Copa, é que a licença da Copa do Mundo inclui tudo. Uma única licença que traz no pacote seleções, camisas, treinadores, juízes e estádios. Já o contrato de licença desses estádios fora do evento é complicado, porque cada detentor dos direitos desse estádio é diferente. Alguns são administrados por uma empresa, alguns são propriedades públicas, etc. É algo muito complicado. Vontade nós temos. Mas esse ano o foco foi mesmo o licenciamento dos clubes brasileiros.
Fonte: Tech Tudo